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Saulo Vasconcelos volta a cantar músicas de “O Fantasma da Ópera” em “O Fantasma – in concert”


Saulo Vasconcelos completa 50 anos em dezembro e comemora dando um presente aos fãs de musicais, voltando a dar voz ao icônico Fantasma da Ópera em “O Fantasma – In Concert”. O Backstage Musical conversou com ele, que contou um pouquinho sobre esse show e sua carreira, confira!

 

Saulo, neste ano você completa 50 anos, muitos deles vividos em cima do palco. Nessa carreira o Fantasma tem um lugar especial?

Sim, tem um lugar especial. Mas não pelo fato de ser um espetáculo mega famoso. Sim por ser o meu primeiro espetáculo, em outro país, num idioma que eu não dominava. PAra quem não sabe, estreei no Fantasma em 1999 no México. Fazer um protagonista tem um peso diferente. Fazer em um outro país tem um peso maior ainda, pois eu estava, teoricamente, ocupando o lugar de um ator mexicano. Então era uma responsabilidade enorme fazer um espetáculo gigante e mundialmente conhecido em um outro país. Foi sem dúvida meu maior desafio profissional.

 

Desta vez você volta apenas cantando, em um in concert. Como é voltar com esse personagem em um novo formato?

Não é apenas cantar. Apesar de não ter toda a estrutura cênica do espetáculo, um lustre para jogar na cabeça dos colegas (risos), não dá para apenas cantar essa partitura. Ela exige um comprometimento um pouco maior do que apenas cantar lindamente. Tem que ter algo a mais em cada frase, cada palavra que sai da boca do cantor/ator. É um formato diferente para o público, mas da minha parte haverá, sem dúvida, um comprometimento maior do que só cantar.

 

O que você aprendeu com o Fantasma que ainda carrega com você?

Aprendi a lidar com a minha rotina de atleta de teatro musical. São muitas apresentações por semana e isso exige um cuidado imenso com seu instrumento de trabalho: seu corpo e sua voz. Aprendi outras questões também, tão importantes quanto: A generosidade com os colegas, a convivência fora do palco, o respeito e o carinho durante o período de trabalho. Aprendi muito a entender o meu papel com o público, a responsabilidade de fazer cada espetáculo como se fosse único, como se fosse a primeira vez. Cada público é único. É o compromisso do ator, pois sempre terá alguém assistindo pela primeira vez.

 

Você fez parte de “IRON - A Máscara de Ferro”, um musical com uma proposta bem diferente e super interativa, onde você tinha o papel de Narrador. Como foi essa experiência?

Eu não tenho palavras para descrever como foi fazer o “IRON”. Sempre tive vontade de trabalhar com o Tiago Barbosa, quem além do talento indiscutível como ator, como cantor, é uma pessoa que eu consegui conviver mais, conversar, discutir pontos de vista sobre a sociedade, assuntos políticos e interessantes. Foi uma delícia conhecer tantas pessoas novas. Letícia Soares, Thobias da Vai-Vai, Rafael de Castro, Rafael Leal... Não dá para citar todo mundo, mas eu gostei de 100% do elenco. Senti uma afinidade muito grande com todos. Algo raro, pois é um elenco grande, sempre tem alguém que você convive menos, ou que você não tem tanta afinidade, mas não foi o caso no “IRON”. Houve uma afinidade muito grande. Fazer o papel de narrador foi incrível, pois é uma outra proposta no espetáculo. Eu me sentia uma espécie de provocador, tinha um papel, como ator, de provocar o público. Provocar as emoções, provocar reações, por causa dessa toada interativa e imersiva que o espetáculo tinha.

 

Recentemente você também voltou a dar voz ao Mauí (de Moana) para o curta de comemoração dos 100 Anos Disney. Como esse personagem marcou sua carreira?

Fazer o Mauí impactou minha carreira de uma forma inédita. Pois quando eu estava fazendo a dublagem eu estava dentro de um aquário com um microfone e uma tela. Voltei para minha casa como em um trabalho normal. Mas com o lançamento do filme em cadeia nacional, foi absurdo. Eu atingi um público que não atingiria trabalhando no teatro. Eu furei uma bolha, e ao furar essa bolha eu tive um alcance de pessoas que não conheciam meu trabalho e vieram a conhecer meu trabalho no teatro através das redes sociais e do Youtube. Foi muito interessante! Recebi muitas mensagens de pedidos das pessoas para gravar um áudio, uma mensagem para seus filhos, sobrinhos, irmãos... foi muito gostoso. Foi uma oportunidade de dar um pouquinho de retorno a sociedade pelo que foi me dado de presente, com um papel como esse.

 

Nos últimos anos você tem se dedicado ao seu curso “Cante Sem Limites”. De onde surgiu essa ideia? Como tem sido sua experiência como professor?

O " Cante Sem Limites " foi um projeto que eu comecei em Brasília, com dois sócios, o Edu e a Carol. Foi uma ideia muito boa, muito promissora.  E está disponível no Hotmart para quem tem interesse. Fazer aula de canto é uma coisa cara, pois exige uma atenção individual. No "Cante Sem Limites", apesar de ser um curso gravado em vídeos, tem uma proposta de ensino para economizar muito tempo com questões teóricas e práticas, que faz com que o conteúdo que o curso oferece seja mais barato do que se aquilo fosse visto em aula particular, pois são horas e horas de aulas. Dezenas de vídeos para você treinar e fazer sua primeira aula individual com algum conhecimento e prática.

 

Conte mais sobre a metodologia e sobre o que os alunos aprendem com o “Cante Sem Limites”.

No "Cante Sem Limites" você aprende questões técnicas de ressonância, respiração, articulação... para entender sua voz dentro de três pilares: corpo, mente e cérebro. A partir desses três lugares o aluno pode se desenvolver individualmente em cada um deles, trazendo um crescimento espetacular como cantor.

 

O que os fãs podem esperar desta nova edição de “O Fantasma - In Concert”?

Apesar do formato "In Concert", é exatamente a música. A partitura original do espetáculo. Eu acredito que é a partitura que tem a maior força de tudo. Não é o visual, a máscara, o lustre que cai... isso tudo é um "plus". Mas a partitura é, sem dúvida, o que toca e emociona as pessoas.  Então poderão sentir novamente aquela emoção que sentiram anos atrás quando viram o espetáculo ao vivo. Quem nunca viu poderá sentir o sabor do que é viver a experiência desse espetáculo. Quem não conhece esse espetáculo terá uma experiência extraordinária e inesquecível!

 

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