top of page
LOGO_Backstage_Musical_NOVO2020_Crachá.

Musical "Guerra de Papel" no Teatro Viradalata




O Musical é a segunda peça da trilogia de pesquisa da Tô em Outra Cia. de Teatro (a primeira "Das Ruas, um Orfeu de Mochila", o grupo adaptou o mito de Orfeu e Eurídice para os tempos atuais) e mistura teatro grego com periferia, Guerra de Papel - uma tragédia urbana musical é o novo espetáculo do grupo de repertório do Jaguaré, na zona oeste de São Paulo.


"Guerra de Papel" transporta o mito de Antígona para a contemporaneidade e retrata o luto. A reflexão proposta agora passa pelo precário ensino público brasileiro e o genocídio dos negros, principalmente em escolas periféricas, consequência do combate entre polícia e traficantes. Enquanto na mitologia grega, a figura de Antígona - filha do casamento incestuoso de Édipo e Jocasta – é aquela que tenta enterrar s eu irmão, na peça da companhia ela é a personagem central, a mulher negra na luta para descobrir quem tirou a vida de seu filho Aramiz, morto em consequência de uma bala perdida dentro da sala de aula.

Depois da tragédia com o filho, Antígona estampa o rosto do menino nos jornais, camisetas e em sua janela, gritando em sua comunidade, fazendo sua própria guerra.

Sobre a concepção da dramaturgia da peça, o grupo explica que os mitos colaboram na compreensão das relações humanas e ajudam a ampliar nosso entendimento sobre o mundo e nós mesmos. Eternos, estão presentes na vida de cada ser humano, que é um pouco Deus e herói de sua própria história.

A mulher na obra é muito presente. A professora, a irmã e a mãe, três mulheres que tiveram seus pensamentos e sentimentos revirados por uma criança que teve sua vida interrompida. Também retratada na peça, Ismênia, irmã de Antígona, é a mulher que perdeu o sobrinho de forma brutal, uma pessoa que tenta amenizar o peso da saudade e a da insatisfação da vida, tanto dela quanto de sua irmã Antígona. Se sente impotente, não encontra força em seus braços para segurar a irmã e mesmo com esse sentimento, ela está o tempo todo pensando na sua família. Regida pelas lembranças do filho, Antígona sente cada vez mais raiva da justiça dos homens e espera encontrar paz na justiça divina. A professora abre a narrativa com uma conversa sincera com Deus, tentando buscar as respostas para os questionamentos que não encontra nos mortais. A morte do filho leva Antígona a repensar o futuro dos alunos e buscar outra forma, através do ensino, para tornar seus alunos seres pensantes e realizadores.

“Escolhemos contar esta história para mostrar uma realidade que, infelizmente, ainda é muito presente. A lei natural da vida é que os filhos enterrem seus pais, mas sabemos que o destino inverte de forma cruel os papéis”, comenta o ator Jorge Alves. “A peça é dura, assim como a vida da minoria-maioria da população”, pensa Jorge Alves.


Ficha técnica

Texto de Andreza Rodrigues e Thuane Campos. Letras de Andreza Rodrigues, Jorge Alves, Paulo Henrique, Leo Matheus, Thuane Campos. Músicas de Jorge Alves, Leo Matheus e Paulo Henrique Costa. Arranjos Musicais de Paulo Henrique Costa e Leo Matheus. Direção Geral de Jorge Alves. Direção Musical de Paulo Henrique Costa. Músicos Instrumentistas: Fabrício Spezia (Piano e Teclas), Julio Lino (Baixo), Leo Matheus (Violão e Cavaquinho) e Tunuka (Percussão e apoio vocal). Direção de Movimentos e Coreografias de Gustavo Medeiros. Figurino de Gabriela Araújo. Cenário de Heron Medeiros. Assisten te de Direção: Andreza Rodrigues. Assistente de Produção: Thuane Campos. Design de Luz e Op.: Fernando Ferreira. Design de Som: Radar Sound. Assessoria de Imprensa: Arte Plural – M. Fernanda Teixeira e Macida Joachim. Programação Visual: Agência Artprint. Produção: Tô em Outra Produções Culturais. Realização: Tô em Outra Cia. de Teatro.

Elenco

Mayara Tenório – Antígona.

Thayna Rodrigues – Ismênia.

Claudine Palhàres – Professora.

Cinthia Tomaz – Ensamble.

Larissa Noel – Favela e Ensamble.

Renan Marques – Ensamble.

Uédia Alves – Ensamble.

Vittor Oliver – Ensamble.

GUERRA DE PAPEL.

De 3 a 26 de setembro de 2021. De sexta a domingo. Sexta e sábado às 21h. Domingo às 19h. Sessão extra - dia 24/09. No dia 17/09 não haverá sessão. Nos dias 11 e 18/09 haverá sessão acessível em Libras. Sessões presenciais e virtuais.

O espetáculo é recomendado para maiores de 12 anos.

Duração – 60 minutos.

Capacidade (com protocolo de distanciamento) – 120 pessoas.

Teatro Viradalata. Rua Apinajés, 1387 - Sumaré, São Paulo - SP, (Metrô Vila Madalena).

Ingresso Presencial: Inteira -R$ 30,00; Meia-Entrada - R$ 15,00.

Ingresso Virtual: R$ 20,00 (valor único).

Ingressos serão disponibilizados pelo Sympla.




bottom of page