top of page
LOGO_Backstage_Musical_NOVO2020_Crachá.

Musical "Cabaret dos Bichos" faz curta temporada no Teatro do Núcleo Experimental


A Revolução dos Bichos, de George Orwell, se passa numa granja liderada, inicialmente, pelo Sr. Jones. Porém, insatisfeitos com a dominação, os animais decidem fazer uma revolução. Eles se organizam e expulsam o Sr. Jones da granja, pois não aceitam mais ser tratados como escravos dos humanos. Os porcos passam a liderar a granja, considerando-se os animais mais inteligentes. Um dos maiores escritores do século, Orwell faz um duro retrato sobre o relacionamento do poder com o indivíduo e da sociedade e seus processos.

Na adaptação do Núcleo Experimental, dirigida por Zé Henrique de Paula, com músicas originais de Fernanda Maia, a fábula de Orwell é transformada num musical e a linguagem utilizada se inspira nos cabarés alemães, fortemente referenciados em Bertolt Brecht e Kurt Weil.

A temporada acontece no Teatro do Núcleo Experimental de 23 de maio a 22 de junho.

O elenco é composto por Amanda Vicente, Bruna Guerin e Luci Salutes (alternantes), Dan Cabral, Dennis Pinheiro, Fabiana Tolentino, Flávio Bregantin, Fernando Lourenção e Pedro Silveira e a orquestra é formada por Fernanda Maia (piano), Clara Bastos / Pedro Macedo (baixo), Felipe Parisi (violoncelo), Bruna Zenti / Thiago Brisolla (violino) e Priscila Brigante (bateria).

A Revolução dos Bichos é uma fábula sobre o poder. Escrito em plena Segunda Guerra Mundial, o romance é uma alegoria sobre a ambição e a fraqueza humanas, que acabam por sabotar qualquer projeto político mais justo e igualitário. Setenta e cinco anos após sua publicação, surge novamente nas prateleiras das livrarias como um best seller, diante da ascensão das ditaduras ao redor do mundo.

Esta obra é adotada por escolas públicas e privadas há algumas décadas e faz parte do estudo das áreas de Linguagens, História e Filosofia. Permite compreender conceitos como cidadania, democracia, participação política, além de fornecer um rico estudo sobre o contexto histórico do período que engloba as duas Grandes Guerras mundiais do século XX, além, obviamente, do atual contexto sócio-político, cheio de ecos e ressonâncias com a narrativa de Orwell (surgimento de ditaduras, repressão política e policial, a força da mídia e das fake news, entre outros temas. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens.

Uma curiosidade que prova que Orwell continua em alta mesmo: uma lista, feita pela Nielsen Bookscan (plataforma de dados para o setor de publicação de livros) a pedido do jornal Estadão, mostrou que A Revolução dos Bichos e 1984 são as únicas obras de ficção que aparecem entre os 15 livros mais vendidos na quarentena entre 23 de março e 12 de julho de 2020.

A vida é dura para os animais da Fazenda do Solar. Dia após dia, faça chuva ou faça sol, o trabalho é incessante. Sobre o lombo, o chicote. Sob as patas, a humilhação. Até o instante em que esses animais, liderados pelos porcos Napoleão e Bola de Neve e sob a tutela filosófica do velho porco Major, organizam-se num motim para expulsar seus algozes de duas pernas - o Sr. Jones e seus empregados humanos. Major acreditava que todos os animais deveriam ser livres e trabalhar de acordo com a capacidade de cada um, sem alguém para ditar o quanto eles deveriam se sacrificar ou mesmo comer, e foi assim que ele começou a infundir pensamentos revolucionários na Granja do Solar.

No lugar do jugo humano, instaura-se uma comunidade de bichos baseada sobretudo na igualdade. Caberá aos animais, dentro de suas limitações, entender o que tal "igualdade" significa. Após um tempo, a Granja dos Bichos se torna uma república e Napoleão, único candidato ao cargo, é eleito. A partir daí, os porcos exploram ainda mais os animais e, incrivelmente, seus rostos são cada vez mais parecidos fisicamente com os humanos. Já a conduta, essa passou a ser tão humana quanto possível, com um alto grau de corrupção. "Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que os outros": a conclusão que se chega ao final é que o desejo de comunhão e liberdade é corroído pela ambição e pelo poder alcançado pelos porcos.

Ficha técnica

Dramaturgia, letras e direção: Zé Henrique de Paula

Música original e direção musical: Fernanda Maia

Preparação de atores: Inês Aranha

Coreografia: Gabriel Malo

Assistente de direção (teatro): Rodrigo Caetano

Iluminação: Fran Barros

Cenografia: Cesar Costa

Figurinos: Zé Henrique de Paula

Visagismo: Louise Helene

Cabelos e maquiagem: Dhiego Durso

Assistente de figurino: Paula Martins

Direção audiovisual: Laerte Késsimos

Assistente de direção (audiovisual): Lucas Romano

Câmera: Marco Lomiller

Som: Alexandre Gomes

Coordenação de produção: Zé Henrique de Paula e Claudia Miranda

Produção executiva: Laura Sciulli

Elenco: Amanda Vicente, Bruna Guerin e Luci Salutes (alternantes), Dan Cabral, Dennis Pinheiro, Fabiana Tolentino, Flávio Bregantin, Fernando Lourenção e Pedro Silveira

Banda: Fernanda Maia (piano), Clara Bastos / Pedro Macedo (baixo), Felipe Parisi (violoncelo), Bruna Zenti / Thiago Brisolla (violino) e Priscila Brigante (bateria).

SERVIÇO TEMPORADA DO ESPETÁCULO:

23 de maio a 22 de junho de 2022

Segundas, terças e quartas, às 21h

No Teatro do Núcleo Experimental: Rua Barra Funda, 637 - São Paulo - SP.

R$ 30 (ingressos vendidos pelo Sympla)

96 lugares

Classificação indicativa: 10 anos

Duração: 1h40

bottom of page