Conversamos com Saulo Vasconcelos, que contou o que podemos encontrar em seu livro: "Saulo Vasconcelos Por trás das Máscaras". Que celebra os seus 20 anos de carreira como ator, cantor e dublador. Se você gosta de teatro musical, precisa ler e conhecer mais sobre essa lenda dos nossos palcos, nosso eterno Fantasma, Fera, Javert, Bob e tantos outros!
Saulo, você está há muito tempo no mercado do Teatro Musical, acreditamos que tem muitas histórias para contar, mas o que podemos esperar encontrar no seu livro?
As pessoas podem esperar tudo, um pouquinho da minha vida pessoal, como eu comecei, mesmo antes de saber que eu seguiria uma carreira em teatro musical... Como foi o processo de audição para alguns musicais muito relevantes e importantes da minha vida, a tensão, a pressão psicológica que foi. Tem histórias muito pessoais e muito íntimas, como a partida da minha vó desse mundo para outro plano...
Tem muitas coisas bacanas, o livro é uma mistura entre coisas extremamente pessoais e processos muito interessantes do aspecto profissional.
No seu livro podemos esperar encontrar alguns relatos das experiencias que você teve ao longo de sua carreira?
No livro tem muito detalhe de aspectos profissionais da minha carreira, como a foi audição pro Fantasma da Ópera no México que foi meu primeiro grande musical, meu primeiro musical no Brasil, como foi os processos, tudo o que aconteceu, os perrengues, a ansiedade, a negociação, enfim. Tem muitas coisas com muito detalhe de como foi, como era estar no lugar certo, na hora certa, ter talento, ter uma combinação de fatores a seu favor para que alguma coisa muito improvável e impressionante na sua vida aconteça.
Quando poderemos te ver nos palcos de novo?
Quando tiver um projeto bacana, interessante e relevante que eu goste e que eu seja apaixonado. Neste exato momento eu estou dedicando a minha vida para um aspecto muito educacional, fazendo shows esporádicos. E desde o nascimento da minha filha alguma coisa mudou na minha cabeça com relação a fazer parte de musicais que tenham um cronograma de ensaios muito pesados, com apresentações de sábados e domingos, não que eu não vá mais trabalhar com isso,porque é o que eu amo e é o que eu quero para a minha vida. Mas por exemplo, o último que eu fiz "Forever Young", foi perfeito, eram três espetáculos por semana, e era uma espetáculo extremamente bem feito, bem escrito, com atores muito bons em cena e bem dirigido por Jarbas Homem de Melo. Então quando aparecer alguma coisa relevante e interessante e apaixonante de se fazer.
Depois de tantos personagens icônicos na sua carreira, é possível escolher um só que tenha marcado mais a sua vida?
Com certeza o Fantasma da Ópera, o primeiro, não por ser "O Fantasma da Ópera", mas sim porque ele me transformou, e foi uma transformação muito radical tanto profissional quanto pessoal. Ter saído de casa para ir para outro país, sem falar a língua, aprender a língua, exercitar a língua dia a dia, aprender a lidar com entrevista, postura profissional no ensaio, durante a temporada, o relacionamento com os colegas, ir morar sozinho pagando todas as contas, isso tudo foi muito forte, foi muito impactante na minha vida.
Qual personagem foi o mais desafiador? / Qual foi o mais engraçado? Qual foi o mais irritante?
Também foi o Fantasma da Ópera, porque eu era muito verde, muito inexperiente, eu acho até que hoje olhando 20 anos pra trás que eu não estava pronto para fazer aquele espetáculo, aquele papel, naquele momento... mas tive sorte e aproveitei a sorte que eu tive e consegui superar todas as dificuldades. A Bela e a Fera também era muito complicado na questão do figurino, de uma hora e meia de maquiagem todos os dias, e eu ficava com o corpo muito pesado por conta do figurino, ficava muito cansado...Um foi desafiador porque eu era inexperiente e o outro pela dificuldade técnica do figurino.
O Mais engraçado acho que foi o Forever Young, que eu fiz eu mesmo em 2050... é muito engraçado esse espetáculo, uma delícia, uma jóia, são velhinhos que brigam o tempo todo mas que se amam e juntos conseguem tocar a dificuldades do fim de todo uma vida.
O personagem mais irritante, nem o personagem mas o espetáculo, não que tenha sido irritante foi uma boa experiencia mas foi muito aquém do que eu esperava, que foi o Mamma Mia eu não fui tão feliz assim... as pessoas individualmente eram muito bacanas, estar com a Kiara mais uma vez... tudo muito legal mas a energia pra mim não foi boa, eu não ia muito feliz... mas não sei explicar o porquê.
Porque todos os seus fãs precisam ler o seu livro?
É sempre legal você ler a história de uma pessoa que você admira, como ela começou... e esta aí uma oportunidade de conhecer mais, porque eu conto com muito detalhe sobre muitos aspectos da minha vida. E foi muito legal que eu fiz isso ainda em vida não morri, tenho todo uma vida pela frente, quem sabe eu ainda não faço ainda mais volumes! rs