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#Entrevista com Diego Montez

Diego Montez é um cara que dispensa apresentações. Com apenas 26 anos, o ator já acumula em seu currículo 8 musicais, 5 novelas e 1 série. Diego começou nas novelas, tendo seu primeiro grande destaque como Murilo, na versão brasileira da novela [I]teen [/I] Rebelde, fez também Dona Xepa e o ambicioso Tomás em “Cúmplices de um Resgate”. Sua estreia nos musicais com “Cazuza, Pro Dia Nascer Feliz – O Musical” passando por “BarbarIdade”; “Chacrinha” até seu grande destaque em “Wicked”. Fez a irreverente Angel em “Rent”; protagonizou “A Era do Rock”; integrou “Dois Filhos de Francisco” e hoje, vive o jovem carteiro Rolf em “A Noviça Rebelde”. O Backstage Musical conversou com o ator um pouco sobre sua carreira e os novos projetos do ator, como o musical ‘na pele’ e a nova série do Disney Channel/SBT, e o resultado foi esse bate-papo muito divertido.

Diego Montez

1. Diego, seus pais estão no meio artístico: Como foi pra você foi crescer com pais artistas, isso de alguma forma influenciou sua escolha profissional?

Acho que influência em um lugar de inspiração. Eu admiro muito meus pais e por serem artistas fui criando mais afinidade com o meio. E confesso também que minha mãe meio que me obrigou a fazer teatro desde os 8, rs.

2. Como está a expectativa e o ânimos com a nova série Z4?

Eu estou tão feliz! Cresci vendo Disney Channel e ter a oportunidade de vivenciar esse universo agora é um sonho! Estreamos na semana passada, estamos indo muito bem e o feedback até então tem sido incrível! E a melhor parte de fazer um vilão Disney é que dessa vez acho que não vou apanhar na rua: Todo mundo ama os vilões da Disney!

3. Você tem em seu currículo trabalhos de grande repercussão na TV com o público infantil e adolescente, como é o carinho e contato com os fãs?

Eu devo tanto a eles. Mesmo. Acho que termino fazendo muitos trabalhos pro público adolescente porque meu engajamento com eles é muito bom. São interessados, MUITO fiéis e sempre interagem muito. Tenho um canal direto com eles graças as redes sociais e sou muito grato por tanto carinho.

4. Você já tá quase um “Cláudio Raio” mesclando sua carreira entre novelas e o teatro musical. Qual as principais diferenças de atuar nesses dois formatos?

HAHAHAHA! Que maravilhoso isso! Quem dera! A Claudia é um ícone e ainda sonho em trabalhar com ela e com Jarbas. Agora, quanto aos formatos...isso é tão difícil...porque até dentro de teatro e tv existem linhas diferentes, né? Um exemplo disso é a Z4. Um produto diferente de todas as outras novelas que fiz: é filmada como se fosse cinema, o ritmo é diferente e o tipo de interpretação também. Eu faço tv a muito tempo, e me senti um iniciante nesse processo. A verdade é que estou sempre aprendendo e buscando aprender, estudando. Nunca me acomodo.

5. Mesmo após o fim da temporada ainda é nítido o carinho dos fãs com todo o elenco de Wicked e morrendo de saudades do Diyero: porque você acha que o musical foi tão cativante?

Acho que o sucesso de Wicked surpreendeu positivamente a todos. Só tive essa reverberação com produtos televisivos e digo com certeza de que o fandom de Wicked é tão apaixonado quanto o de Rebelde por exemplo, uma novela que durou três anos. Além da música ser tocante, além de se tratar de um universo mágico e lúdico, Wicked lidava com um tema que TODOS se identificam: buscar seu lugar, saber qual lugar a gente pertence. Eu digo isso porque eu não era a pessoa mais popular do mundo - mesmo - na escola e passei por uma barra até encontrar "o povo do teatro" e me sentir pertencente. E mesmo depois de ter me encontrado, por várias vezes senti que aquilo não bastava e que queria algo mais. Enfim, somos todos a eterna busca de Elphaba, Glinda e Fiyero. E sim, morro de saudade do DiyeeeeeEEEEEROO! (Uma vez apostei 50 reais pra Myra gritar isso ao invés de Fiyero em “No Good Deed”. Ainda bem que ela não o fez e mantivemos assim, nossos empregos intactos até o final da temporada)

6. Depois do sucesso em São Paulo, “ A Noviça Rebelde” chega ao Rio de Janeiro: como tem sido a temporada carioca?

É impressionante o poder do clássico. Todos conhecem a história e mesmo assim, seja qual for a praça, ‘Noviça’ é recebido com muito carinho e amor. A resposta do público até agora não poderia ser melhor e claramente o espetáculo toca a família inteira. Sinto que estamos mais à vontade, mas confortáveis nos personagens e as crianças novas são também incrivelmente talentosas.

7. Conta para a gente um pouco da experiência de ser dirigido pela Möeller & Botelho.

Um verdadeiro marco na minha carreira. Trabalhar com Charles Moeller e Claudio Botelho sempre foi um norte. Entrei no meio por "culpa" deles e cresci assistindo as produções da M&B, como a primeira montagem de Noviça. Então, entrar pra família agora tem um gosto especial e único. Eu podia ouvir o Charles falando por horas e tenho anotado todos os direcionamentos iluminados do Claudio, o cara mais apaixonado por musical que já conheci. São lendas vivas. Sem contar com toda a equipe em volta: Tina Salles que é uma profissional que faz todas as engrenagens girarem com muita doçura e cuidado, a direção residente de Glaucia Fonseca que mantém tudo funcionando com paixão e competência, a genialidade de Alonso Barros e o maestro Marcelo Castro que é alguém que sabe tirar o melhor do artista com paciência e respeito. Devo muito a ele, foi um dos caras que mais acreditou na minha carreira.

8. Depois de ter passado por grandes produções consagradas, o que o ‘na pele’ apresenta de desafio para sua carreira?

Na Pele é um projeto que tenho no coração. Eu chorei ouvindo a trilha que tinha baixado, acompanhei com as letras pra entender melhor a história. Ouvi tudo de uma vez só. Uma história que quando conheci lá atrás, sonhava em fazer mas imaginei que jamais seria montada aqui. E justamente por ser uma história tão polêmica que se tentou produzir Bare durante anos da maneira mais comum - através de leis de incentivo e patrocínio - mas sem sucesso. Depois de tantas lindas produções alternativas ganharem espaço e abrirem o caminho para mais apostas nos sentimos encorajados de fazer o mesmo e botar a cara pra bater na tentativa de contar uma história que julgamos não só que precisa ser contada, mas que deve ser contada. E taí o desafio: fazer acontecer!

9. Diferente de grandes sucessos da Broadway, muita gente não conhece a história do off-Broadway Bare/na pele. Conte para a gente um pouco da história desse musical?

Dois garotos se apaixonam no ensino médio de um internato católico. Um deles, Peter (Mateus Ribeiro), lida muito bem com sua sexualidade e o outro, Jason (eu mesmo, no caso) prefere não lidar com o assunto e mantém seu relacionamento de anos com o namorado de forma clandestina para não atrapalhar sua popularidade na escola, a igreja e nem ter que enfrentar seus pais. Quando Peter se cansa de manter essa convenção e decide assumir sua relação com Jason, ele surta, envolvendo outras pessoas nisso, como Ivy (Thuany Parente) a garota problemática que é apaixonada por ele.

10. Como ‘na pele’ está sendo montado via financiamento coletivo, fala aí para o nosso público: Porque as pessoas não devem deixar de apoiar esse projeto?

Essa história é necessária. Ela já ajudou tanta gente e pode ajudar muito mais. Acreditem em mim. Falo pelo Diego fã de musicais e de boas histórias: essa é transformadora. E infelizmente é preto no branco: se atingirmos a meta, a peça acontece, caso contrário o dinheiro volta para todos os apoiadores e Bare volta pra gaveta. E acreditamos que o tempo de contar essa história é agora! O musical foi um marco no discurso de igualdade e tolerância la fora em suas inúmeras montagens no circuito off e temos certeza de que será aqui também. Então, por favor, se gostou da história ou gostaria de incentivar o mercado a abrir mais espaço pra produções alternativas, clica aqui ó

A gente não quer tirar o dinheiro de ninguém!. Esperamos mesmo qualquer colaboração de quem gosta do nosso trabalho ou gosta de musicais.

Obrigado pelo espaço, Backstage Musical! Fiquei muito feliz com a entrevista!

-Diego, nós é quem agradecemos pela disponibilidade e a divertida entrevista.

Você pode conferir o trabalho de Diego Montez em: A Noviça Rebelde Em cartaz no teatro Cidade das Artes (Av. das Américas, 5300 - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, 5300 Rio de Janeiro / RJ). Sessões: Quinta e Sexta-feira às 21h00; Sábado às 16h00 e às 21h00 e Domingo às 15h00 e às 20h00 Temporada até dia 2 de Setembro Ingressos a venda pelo site Ingresso Rápido

Z4 Exibido pelo SBT, de segunda a sexta às 22h, logo após Chiquititas. Exibido pela Disney Channel, de segunda a sexta às 19h

Apoie você também "na pele" Conheça o projeto no site Catarse e siga as redes social do musical @napelemusical

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