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#Entrevista Cia Meia Um


Backstage Musical: Como surgiu a Cia Meia Um? A Cia surgiu com a oportunidade de juntar amores antigos na vontade de fazer Teatro. Os fundadores estavam cada em sua jornada, em diferentes lugares do pais, até o momento em que esses artistas viram-se reunidos em São Paulo. Decidimos então fundar a cia e resgatar os ensinamentos que mais ecoaram em nós.

Backstage Musical: Vocês são atores de teatro musical, qual o maior desafio em fazer uma peça de tema histórico e sem músicas?

Nós temos música ao vivo em A Despedida, mas não cantamos. Acho que o trabalho do ator com o texto é muito mais intenso que nos musicais, porque a maior parte do entretenimento da peça está nele. Isso faz com que trabalhemos arduamente palavra por palavra do que vamos falar e tenhamos um trabalho de direção de atores muito mais aprofundado que no teatro musical. Além disso, estamos tratando de figuras históricas reais, pessoas que existiram a quem temos que dar vida novamente, então tem uma preocupação com um corpo crível, uma voz que se aplique, em criar uma figura mais realista e ainda fantástica. Vejo como um desafio para nós, atores, trabalhar esse texto com afinco e criatividade para manter a platéia entretida e interessada na história mesmo que sem grandes efeitos de impacto. O Nosso corpo é o principal instrumento de contação da história aí.- Qual a importância de contar uma história tão antiga como essa? Vocês acreditam que a história continua atual? Pra começar, é a nossa história, a história do Brasil, e o que somos hoje foi construído por esse caminho, essa história compõe cada um de nós e o nosso conjunto. Quanto mais nos conhecemos e conhecemos de onde viemos, mais entendemos nossa cultura e a maneira como nos organizamos como povo. Além disso, A Isabel foi uma mulher muito importante, que conquistou muitas coisas e acabou meio esquecida pelos livros de história, por nós todos brasileiros. Por isso, é bom sabermos sobre ela, sua coroa e sua humanidades, suas conquistas, suas dualidades e suas falhas. Essa história tem consequência que até hoje estruturam nossa sociedade, então é sempre atual, e a discussão sobre a humanidade de um indivíduo pode sempre ter lugar em nossas idas, porque tem muito do que a gente vive na Isabel também.

Backstage Musical: O que muda no espetáculo nesta volta aos palcos?

Nesta montagem teremos novos corpos, novas mentes, novas interações. Com a troca de alguns do elenco muda completamente a cara, o frescor e muito da percepção da personagem. Como nosso trabalho, mesmo com o diretor Iuri tento uma visão clara do que quer, é muito construído em cima das propostas do ator muito detalhe vai mudar, mas as falas, a dinâmica, e a peça é a mesma. E uma das coisas mais importantes é a nova casa. O Viga tem uma tradição de vanguarda e o aconchego de um teatro de bairro que imprime uma outra atmosfera para a encenação. E é essa a beleza do teatro, é vivo, é ao vivo, e a cada sessão, cada plateia novas fagulhas se acendem.

Backstage Musical: Qual a importância de contar uma história tão antiga como essa? Vocês acreditam que a história continua atual?

O que mais muda é o momento histórico de cada um. Além das mudanças no elenco, a peça está com uma abordagem diferente. Um ano de vivência se passou. Nossa nova temporada é reflexo dessa nova experiência.

Backstage Musical: Em “A Despedida” temos momentos emocionantes, um espetáculo que instiga à plateia, qual a mensagem que vocês pretendem passar?

O amor vence. Ou pelo menos seria lindo se ele vencesse, creio eu. Num momento de tanta desunião e apontamentos gratuitos que minam todos os tipos de relação, acho que uma peça como A Despedida tenta cumprir a função de lembrar que é preciso muita coragem para amar o outro apesar do outro. Sim. Falamos de duas mulheres que representavam uma aristocracia controversa, como todos nós. Mas o que realmente tratamos aqui; é tudo o que eles são para além dos seus títulos de nobreza. Qual o sujeito de cada uma delas? Como fazemos para perdoar os algozes que nos fazem melhor?

Backstage Musical: Porque as pessoas precisam assistir a esse espetáculo?

A garotada aprende a ir no cinema, na balada, no show, mas o teatro sempre foi um grande formador de pessoas e vem perdendo cada vez mais espaço. Convido as pessoas à assistirem "A Despedida" para terem um experiência mágica, construtiva e com um pouco de dor. Porém, peço com mais afinco e amor que elas povoem todos os teatros de São Paulo com seus amigos e familiares, pois aquilo que o artista oferece no palco ajuda a humanidade a amadurecer, olhar para dentro, sorrir e chorar se medo. Venham!

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