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Os Sinos de Notre-Dame Voltaram

Quem não sabe cantarolar algumas músicas do filme da Disney, “O Corcunda De Notre-Dame”? A animação de 1996 é uma das mais conhecidas do estúdio sendo valorizada tanto pela sua ótima música (Alan Menken e Stephen Schwartz), quanto pela sua identidade visual única, mas também pela sua história marcante, baseada em um livro do gênio literário Victor Hugo (também autor de Os Miseráveis, que mais tarde se tornaria o famoso musical).

Na história, acompanhamos Quasimodo, um órfão deformado que mora nas torres da Catedral de Nossa Senhora de Paris, criado pelo Ministro de Justiça de Paris, o juíz Frollo (não, Frollo não é um padre como muitos acham). Ambos se apaixonam pela cigana Esmeralda, o que gera uma série de problemas que conduzem o fio narrador, nos levando a pensar em questões como o preconceito físico e/ou religioso, além de ser uma clara crítica à burguesia e ao estruturalismo da sociedade, ambos temas muito presentes nas obras de Victor Hugo. Como já era de se esperar, a Disney suavizou a história para atender o público infantil, o que é totalmente compreensível devido ao peso da narrativa original.

Os fãs esperavam ansiosamente uma adaptação para os palcos, assim como havia acontecido com o sucesso Notre-Dame de Paris, musical francês baseado no mesmo livro. Em 1999, em Berlin, é colocado em teste o musical Der Glöckner Von Notre-Dame, com os mesmos compositores do filme e um libretto escrito por James Lapine (Into The Woods). A peça é muito mais próxima do livro do que da animação, se classificando assim mais para um público adulto.

Tendo obtido um sucesso estrondoso, logo se colocou em pauta a ideia de uma possível adaptação para a Broadway. Quinze anos depois, é anunciado um workshop do musical nos Estados Unidos: para maior alegria dos fãs, houve em Outubro de 2014 estréia do musical The Hunchback of Notre Dame, no teatro La Jolla Playhouse (Califórnia). Embora bastante diferente do musical alemão, Hunchback tem sido sujeito de excelentes críticas, principalmente a respeito das mudanças na história, que respeitam a obra de Victor Hugo sem torná-lá boba e com um final feliz, como a animação de 1996.

Espera-se que ainda esse mês (Abril de 2015), os sinos de Notre-Dame soem oficialmente na Broadway e Clopin lhes conte “a história de um homem e de um monstro”. Enquanto isso, para nós brasileiros, só resta contentar-nos com a animação e suas montagens teatrais "não autorizadas".

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