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O que podemos Esperar de A Bela e a Fera


Na última semana, foram divulgados possíveis nomes que irão compor o elenco do filme “A Bela e Fera” da Disney. As notícias repercutiram de tal maneira que deixou os disneymaníacos, cinéfilos e, é claro, os amantes dos musicais, ansiosos e curiosos sobre a adaptação do clássico de 1991. Com o filme ainda em um estágio bem inicial, a grande questão é: o que podemos esperar desse reconto da clássica histórica da princesa que se apaixona pela fera horrenda?

Não é de hoje que os estúdios Disney vem apostando em adaptações em live action dos seus filmes já consagrados pela público e crítica: O primeiro foi “Alice no País das Maravilhas” dirigido por Tim Burton; logo depois “Malévola” como um reconto de “A Bela Adormecida”; “Cinderela” estreia logo menos nos cinemas, foi ainda confirmado adaptações de “Mogli, o Menino Lobo” e “Dumbo” (também dirigido por Tim Burton). Não podemos deixar de mencionar a série de TV produzida pela ABC Television, Once Upon a Time, a trama que é centrada nos personagens do clássico “A Branca de Neve” e, reúne os personagens dos contos de fada em histórias paralelas que misturam a fantasia e realidade. O fato é que não é nenhuma novidade esse interesse da Disney em dar “carne e osso” para seus personagens.

Bela e a Fera, ou melhor Rumplestiltskin, na série Once Upon a Time

Para quem acompanhou qualquer uma das adaptações acima listadas, há de convir que houve um ruptura do história tradicional: a história foi modificada, o padrão estético dos personagens também e quase nada de sua trilha sonora foi mantida, o que pode ser preocupante para aqueles que esperam ver uma versão mais realista da clássica valsa entre os protagonistas. O site Playbill, divulgou em sua lista de musicais que serão adaptados dos palcos para as telas e “A Bela e a Fera” estava entre eles. Ufa!

Mas ainda assim há uma série de questionamentos resultantes dessa informação: Quanto do filme será mantido? Quais as principais alterações no enredo? O filme será mais próximo do musical da Broadway? O fato é que “A Bela e a Fera” é um dos queridinhos dos estúdios Disney pois foi ele quem consolidou a chamada “Era de Ouro” dos filmes Disney no início dos anos 90. O filme conseguiu a marca histórica de ser o primeiro longa de animação a concorrer ao Oscar® de melhor filme. Na parte musical, tal qual o seu antecessor “A Pequena Sereia” (1989), ganhou dois prêmios da academia: Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Canção Original para “Beauty and the Beast“, sem falar que outras duas canções do filmes foram indicadas para a mesma categoria, e outros prêmios da crítica conquistados como o BAFTA, Golden Globe, Annie e Grammy.

Não por acaso, o filme foi escolhido para ser o primeiro filmes dos estúdios Disney a ganhar uma adaptação oficial para os palcos da Broadway. “Beauty and the Beast“ estreou no Palace Theatre em 1994 com Terrence Mann e Susan Egan como protagonistas e ficou em cartaz por treze anos e mais de 5000 perfomances. Foi a primeira grande produção da Disney Theatrical Productions e foi indicada a nove prêmios Tony, ganhando o de Melhor Figurino. O sucesso levou o musical a 14 países, incluindo o Brasil, onde o espetáculo teve duas montagens.

De fato, uma produção live action de “A Bela e Fera” mexe com a expectativas de todos. Desde 2009 correm boatos sobre a empreitada, porém somente no ano passado é que foi confirmado que o musical chegará as telas de cinema. Alan Menken já foi confirmado na equipe criativa e deve compor uma canção original, provavelmente na tentativa de conquistar mais um Oscar®. Bill Condon (diretor de DreamGirls e Chicago) assina a direção e fica a encargo de Stephen Chbosky o roteiro, que inicialmente foi escrito por Evan Spiliotopoulos. Emma Watson, famosa por interpretar Hermione Granger na franquia Harry Potter, foi confirmada para dar vida a Bela, e anunciou em seu twitter que começará aulas de canto para sua participação no longa.

Semana passada foram anunciados os nomes de Dan Stevens e Luke Evans no elenco para viver, respectivamente, a Fera/ Príncipe Adam e o vilão Gaston. Ambos atores tem experiência nos palcos: Evans é um veterano da West End londrina em montagens de RENT, Avenida Q e Miss Saigon, já Stevens esteve na Broadway na peça The Heiress e sua esposa, dá aulas de canto. Josh Gad foi confirmado hoje como Lefou, o atrapalhado lacaio de Gaston; pra quem não se lembra, Gad recentemente dublou o boneco de neve Olaf em Frozen, e deu vida ao Elder Cunnigham no musical The Book of Mormon. Timothy Spall, que esteve no longa "Encantada" e na versão cinematográfica de Sweeney Todd está em negociação para o papel de Maurice, o aloprado pai de Bela. Ao que tudo indica, realmente “A Bela e a Fera” será um musical bem fiel a produção dos palcos, e contará com as habilidade de canto dos seus membros de elenco.

No entanto, a dúvida continua quando pensamos nos personagens secundários, que, em sua maioria, são objetos encantados. Foi apontado que Emma Thompson (que recentemente esteve no elenco de “Walt Disney nos Bastidores de Mary Poppins”) traria vida a Madame Samovar (Sra Potts), o bule encantado e conselheiro da Fera, mas, mesmo que o nome da atriz seja confirmado, ainda não se sabe de ela apenas dublará a personagem ou se veremos uma versão antropomórfica assim como nos palcos. Esse é um ponto crucial, pois a medida que os avanços em efeitos especiais e as técnicas de CGI se aprimoram para a criação de personagens e demais elementos narrativos (vide o tigre de “As Aventuras de Pi”), podemos ter toda a turma formada pro Lumière, Horloge, Madame Samovar, Chip, Babette e outros toda feita com recursos de computação gráfica como uma aposta de uma estética mais realista para o filme, ao invés de atores em figurinos criativos e audaciosos como no peça, ou ainda, o quanto da caracterização da Fera será feito por recursos de computação. A opinião dos fãs se divide nesse ponto.

A Disney tem especial preocupação com essa nova produção, não apenas por todo o histórico e boa reputação que o filme de animação tem no estúdio, mas também devido a repercussão da série Beauty and the Beast, produzida pela Universal, que estreou em 2012. Nesse ponto, acredita-se que haverá um forte investimento em produção, o que pode culminar em um cenários, personagens e demais elementos todos feitos digitalmente, como pudemos testemunhar em “Oz: Mágico e Poderoso”, “Malévola” e “Alice no País das Maravilhas”.

Os objetos encantados do musical em figurinos vencedores do Tony, uma caracterização que está ameaçada pelas técnicas de CGI

As filmagens ainda não se iniciaram, mas foi divulgado que se iniciam no próximo dia 14/03, a data de estreia, no entanto, ainda permanece imprevista. Há muito não informado sobre a nova produção, o que desperta maior curiosidade dos fãs: por um lado há a grande expectativa de ver canções como “If I Can’t Love Her “ ganhando vida, somado ao esperança de “não mexam na história (e trilha sonora) original” que é assegurada pelo grande valor simbólico de “A Bela e a Fera” para a Disney. Do outro lado, a agonia de pensar que o extravagante número de “Be Our Guest“ será digitalmente coreografado em efeitos especiais de tirar o folego, e apenas a voz virtuosa dos possíveis intérpretes dos icônicos personagens. Enquanto demoram a divulgação das primeiras imagens, ou ainda novas confirmações oficiais de elenco, direção e abordagem; medos, sonhos e esperanças se misturam ao redor da única certeza: Vamos ser mais uma vez cativados por essa linda história tales as old as time.

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