top of page
LOGO_Backstage_Musical_NOVO2020_Crachá.

O chocolate no país do chá


Era o ano de 2005, Johnny Deep estreava mais um de seus filmes com a direção de Tim Burton. Era a segunda adaptação do livro original “Charlie e a Fábrica de Chocolate” do inglês Roald Dahl. Lembro como se fosse hoje a sensação de sair do cinema em busca das barras de chocolate Wonka em todo mercado. Somente dois anos depois fui provar um chocolate Wonka (um tanto quanto comum) que acabava de chegar no país. Em 2014 o Backstage Musical foi fazer uma visita a fábrica Wonka e conhecer a história de Charlie Bucket que está em cartaz em Londres, no “Theater Royal Drury Lane“, em Covent Garden.

As suposições e fofocas que Londres e Nova Iorque criavam em torno desse musical no seu período de pré-produção foram incontáveis. Até mesmo no Brasil tais rumores chegaram, como o Backstage já noticiou. Isso aconteceu por dois grandes motivos que são claramente perceptíveis nos palcos quando a mágica toma lugar à realidade: a quantidade de novas tecnologias usadas no espetáculo e, principalmente, a materialização de um mundo tão presente na mente de todos que algum dia foram crianças.

A história da família Bucket tem lugar em um lixão onde quatro anciões, um casal e Charlie moram. Uma TV que só funciona com muito custo anuncia que cinco “Golden Tickets” foram colocados em embalagens de chocolates Wonka que estão a venda na cidade e o sortudo que encontrar um desses poderá conhecer a misteriosa fábrica de Willy Wonka – personagem interpretado pelo tão fantástico quanto o personagem, o ator Douglas Hodge. Estudante na RADA (The Roayl Academic Dramatic Arts – famosa instituição que forma atores de teatro musical no Reino Unido), já teve papéis em diversos musicais na Broadway e em West End.

O grandes trunfo dessa mega produção é, sem dúvida, o (enorme) cenário. Totalmente inovadores, esse é um personagem a parte, afinal de contas a fábrica em si é um mundo mágico que mereceu tantos detalhes na produção e aqui, neste texto, merece o devido respeito e admiração. Está aqui também um dos motivos de tanto furor sobre essa produção: projeções em alta definição, cenários com automações complexas, um elevador de vidro que flutua sobre as primeiras fileiras do tradicionalíssimo teatro britânico, automatons (robôs usados nos parques Disney); todos esses fatores fazem da experiência de espectador algo único.

As crianças que interpretam os papéis de Charlie, Augustus, Veruca, Violet e Mike (clique aqui para elenco infantil completo ) também merecem a devida atenção, principalmente para nós brasileiros. A formação e talento que crianças tão jovens quanto as que encontramos nas duas potências do teatro musical é impressionante. Elas cantam, atuam e dançam divinamente. Obviamente elas são treinadas desde muito pequenas para entender, apreciar e criar arte e talvez seja nisso que o teatro musical brasileiro ou até mesmo a nação ainda precise aprender: como educar e incentivar a arte de modo geral como algo importante para a formação do cidadão. Não se trata de criar aulas de teatro musical “Baby”, como alguns cursos de teatro musical tentam (só tentam) fazer. É necessário que a própria educação básica do país possa dar abertura a nossos jovens talentos.

Enquanto os direitos não são comprados para o Brasil (o que deve demorar muito por diversos motivos) existe a confirmação que o musical parte para a Broadway em um futuro não muito distante assim como clássicos ingleses fizeram, é o caso do mais recente Matilda ou até mesmo Billy Elliot ou O Fantasma da Ópera. Basta esperar para saber se os americanos poderão sentir o cheiro de chocolate fazer sucesso. A temporada continua no país da rainha com ingressos que variam de 25 a 70 libras (R$100-R$280). Para mais informações sobre como adquirir seu ingresso ou elenco completo acesse o Site Oficial do musical

O vídeo a seguir é para deixar a todos com água na boca, um teaser do musical com as melhores cenas:

bottom of page