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Crítica - Alice

Por Vinícius Munhoz

Em cartaz no Teatro Brigadeiro, na cidade de São Paulo, o musical infantil “Alice – O Musical” é uma inesperada surpresa para crianças, pais e as crianças que já cresceram. A história é a mesma contada pela animação dos estúdios Disney de 1951, uma garota se perde na sua imaginação ao ler um livro que a transporta ao país das maravilhas onde personagens como o coelho atrasado, o senhor porta, o Dodô, a Rainha de Copas e o Chapeleiro Maluco são apresentados.

Dirigido por Max Oliveira (performer em New York New York e A Madrinha Embriagada), o espetáculo está com um ótimo ritmo que é mais que necessário: os quatro atores que compõem o elenco (Adriano Tunes, Fernando Marianno, Marcio Godoy e Marina Costa) encenam mais que um personagem e se dividem em manipulação de bonecos, vários figurinos e ótima piadas. Para não deixar o espetáculo cansativo é muito difícil, mas é uma tarefa mais que bem executada por eles ao dar diferentes criações de voz e corpo a cada personagem.

O cenário é muito bem pensado! Completamente funcional, uma simples estante tem túneis, a toca de um coelho, uma mesa de chá, um abre e fecha de portas, e muitas surpresas que, de fato fazem dela um personagem a parte. Minha única crí-crítica ao cenário é a questão de proporção do tamanho do palco para a estante. O teatro Brigadeiro possui uma boca de cena que poderia ter sido muito mais aproveitada se essa estante ocupasse o palco por completo e não deixando as coxias tornarem-se grandes espaços pretos que estão, literalmente, sobrando.

Cenário na cena “Beba-me” – Alice cresce.

O público que estava presente na apresentação se entregou ao espetáculo de tal forma que as crianças respondiam as interações dos atores com muita energia e, muitas vezes, se assustavam ao ver que os personagens podiam ouvir elas. Duas meninas na poltrona da frente comentavam entre si: “Tá vendo, ela disse chuva (referindo-se a uma espectadora) e ela respondeu para a Rainha de Copas chuva. Eles nos ouvem. Ai que legal! – numa voz super aguda.”

Alice – O Musical não foge do convencional que a história de Lewis Carrol descreve mas é uma boa diversão para um final de semana.

Fica a dica:

1) Fiquem ligados na cena que Alice toma o líquido “Beba-me” e cresce;

2) A manipulação de bonecos vale muito pela Lagarta, atentem-se ao personagem e ao ator que a representa. Ele também faz a nanica Rainha de Copas;

3) Vá com uma criança: elas se divertem e são levadas ao país das maravilhas que, sem duvida, irá encantar você.

Serviço: “Alice – O Musical”

Teatro Brigadeiro (Av. Brigadeiro Luis Antônio, 884 – Bela Vista – São Paulo – SP)

Sábados, às 15h

Temporada:05 de outubro até 23 de novembro;

Ingressos pelo site http://www.compreingressos.com/espetaculos/2069-Alice_-_O_Musical?partida=itaucard ou diretamente na bilheteria.

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