O musical, originalmente chamado ‘Jekyll & Hyde’, estreou na Broadway em 1997. Com letras de Frank Wildhorn e texto de Leslie Bricusse, o musical, baseado no livro de Robert Louis Stevenson, conta a historia do Dr. Jekyll, que, ao buscar uma formula que tira o lado mau das pessoas, acaba sendo sua própria cobaia e se transforma em seu alter ego do mau, o Edward Hyde. A montagem original da Broadway era protagonizada por Robert Cuccioli, no elenco também estava Linda Eder no papel de Lucy, uma prostituta que se apaixona por Jekyll, e Christiane Noll como Emma, noiva do médico.
A produção espanhola estreou em 2000, em Madri, no teatro Nuevo Apolo. Apesar de ser muito parecida visualmente, a montagem não era replica da original americana, tendo uma parte do palco mais elevada, e uma simplicidade nos cenários. No papel de Jekyll e Hyde estava Luis Amando, Lucy era interpretada pela Marta Ribera e Margarita Marban fazia Emma.
O musical estreou em Viena, na Áustria, no ano de 2002. Em seu primeiro elenco estavam Thomas Borchert no papel do médico, Maya Hakvoort arrasando no papel de Lucy e Eva Maria Marold como Emma. O espetáculo não poupa dos efeitos com luzes, criando um visual super tecnológico e atraente, e fazendo um choque com o estilo de época do musical, para completar o cenário, um contorno de uma cabeça no fundo, que aparece em quase todas as cenas.
A montagem brasileira estreou em2010, no Teatro Bradesco em São Paulo. O musical foi trazido pela Kabuki e teve direção de Fred Hanson. O musical contava com um elenco incrível: Kiara Sasso interpretava Emma, Kacau Gomes como Lucy e Nando Prado arrasando no papel de Jekyll. A produção foi uma das maiores do musical, os luxuosos figurinos foram confeccionados pelo estilista Fausen Haten. Os cenários são como um quebra-cabeça: cada parte do cenário é um cômodo da casa de um personagem, essas partes entram e saem do palco fazendo o musical funcionar, e completando o cenário, uma ponte usada em diversas cenas. A produção também não poupava os efeitos, a morte de cada personagem utilizava um efeito diferente que deixava a plateia se perguntando como aquilo era feito, mas a cena mais incrível era a da musica In His Eyes, onde chovia no palco.
O musical voltou para a Broadway nesse ano, em uma montagem completamente diferente de qualquer outra. No papel de Jekyll estava Constantine Maroulis e Deborah Cox como Lucy. Todas as musicas ganharam um toque a mais de rock, e o musical ganhou traços muito sensuais, fugindo bastante da proposta original do musical. Alguns efeitos são muito exagerados e algumas vezes acabaram sendo absurdos, criando características bem ficcionais para a produção, algo que acaba me desagradando é a cena do Confrontation, onde o Constantine interpreta apenas o Jekyll, e o Hyde é uma imagem no espelho, dando o entender que o monstro está fora do Jekyll, e que não são a mesma pessoa.