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Crítica - "O Rei Leão" no Brasil

por Vitor Rocha

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No último sábado, dia 29 de junho de 2013, eu tive a oportunidade de me aventurar pela África com “O Rei Leão”. O musical, que marcou a Broadway e já ultrapassa suas 100 apresentações no Brasil, honra o título e fama em sua versão brasileira. São vários tópicos para se falar, então vamos por partes.

Começando pelos efeitos especiais e iluminação: sensacionais. Claro que um espetáculo desse porte teria efeitos maravilhosos, mas além do que todo mundo já esperava, o espetáculo traz algumas cenas inimagináveis. Ver a morte de Mufasa era a grande expectativa de todos naquela sala, depois da tão esperada cena acontecer percebe-se que ela era apenas mais um detalhe da obra. Trocas de cenário do tirar o fôlego e um show de luzes estupendo.

Podemos partir para a parte musical? Bom, eu como qualquer fã da Disney, me teletransportei de volta para a época em que tudo aquilo que estava diante dos meus olhos não passava de imagens em uma tela em todos os números musicais. Claro que cantei as versões do filme, pois elas foram responsáveis por eternizar “O Rei Leão”. As mudanças feitas nas letras por Gilberto Gil, responsável pela versão brasileira do musical, foram poucas, tão poucas que eu as diria dispensáveis. Afinal, qual o motivo de querer mudar o hino “Hakuna Matata, é lindo dizer…” para “Hakuna Matata, que frase legal…”? Com novas letras ou não, o musical me ganhou mesmo foi no batuque e na raça! Vozes imponentes e um batidão que contagiava a todos, era difícil ver alguém que assistia o musical sem tocar seu tambor imaginário com as mãos ou pés.

As surpresas… Mais do que um teatro de palco, o musical me surpreendeu! Estava eu, no início do espetáculo aprendendo que lá dentro não se pode filmar, fumar, gravar, fotografar, olhar pro lado, respirar e etc, quando surge no palco nossa Rafiki (aliás, que voz!), até aí tudo bem, a mesma coisa que vejo no youtube há anos. Eis que um foco de luz ilumina animais africanos em cada canto da plateia, é uma surpresa para as crianças pequenas e grandes também. Claro que não vou contar todas as surpresas do musical aqui (e olha que são muitas!), mas vai essa só para deixar o pessoal com água na boca!

Vamos aos destaques: Mariana Hidemi e Juliana Peppi, na minha opinião. A primeira faz com que até a última fileira do balcão a veja em todas as coreografias, é impossível tirar o olho dela e ela parece estar mais brincando do que trabalhando. Da segunda todo mundo já espera um vozeirão, mas dessa vez não. A construção do personagem é sensacional nas mãos de Juliana (na verdade, das três hienas).

“Devo ver o musical?” Sim! Indispensável para qualquer fã da Disney, da Broadway ou de culturas gerais. “Vou gostar?” Ah, aí é contigo, meu caro. O público sai de lá extasiado, a não ser que sejam atores, afinal, o que deixa a desejar no musical é o teatro. Bailarinos muito bons, cantores magníficos, mas atores medianos, ou talvez apenas escondidos. Críticas sociais e políticas muito bem feitas, e a verdadeira história mais aparente do que o brilho de um filme infantil, mesmo que sofrendo com a tradução.

Vá rir com Timão, Pumba e principalmente com o Zazu. Vá se encantar com as leoas, Mufasa e Rafiki. Vá jantar com as hienas, ser rei com o Simba e amar a Nala. Vá rir, se emocionar, se surpreender, se assustar com o preço dos souvenirs, cantar e batucar.

Está em ti, está em mim e está em todos nós. “O Rei Leão” é (quase) brasileiro!

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