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10 Motivos Para Assistir a: Sidney Magal - Muito Mais Do Que Um Amante Latino



O musical, de Bruna Ramos da Fonte, com direção de Débora Dubois, coreografia de Patrícia Kfouri e direção musical de Caíque Vandera, estreou há pouco mais de um mês no Teatro Porto. A biografia do mais famoso amante latino brasileiro fica em cartaz até 11 de dezembro. Por isso, nós listamos aqui 10 motivos pra você não perder!


10 - Apoie o Teatro Musical Autoral

É um musical nacional, concebido e produzido no Brasil, gera empregos diretos e indiretos num setor que ficou muito prejudicado na pandemia. No décimo lugar do nosso ranking, vale a pena ir para enaltecer o teatro musical brasileiro, que tenta provar que nem só a Broadway tem o know-how de encenar coisas boas!


9- Hits que Marcaram Gerações

A seleção musical que permeia a peça está no inconsciente coletivo de adultos e crianças. É delicioso assistir e perceber que inconscientemente algumas daquelas canções estão no inconsciente coletivo da plateia. Peço licença pra um spoiler aqui: são quase 30 músicas, que as vezes escapam totalmente do lugar comum conhecido do repertório de Sidney Magal. Entre elas, João Valentão (Dorival Caymmi), Granada (Agustin Lara) e Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes). Quem imaginaria Sidney Magal cantando esse clássico que consagrou Elis? Mas calma, tem as necessárias: Me chama que eu vou, O Meu Sangue Ferve por Você e, óbvio, Sandra Rosa Madalena.


8 - Novos Talentos

Rostos novos no teatro musical e no teatro musicado brasileiro. Em Sidney Magal - muito mais que um amante latino, é possível ver muitos rostos novos ao lado de outros já conhecidos de quem aprecia o gênero no Brasil. Destacamos especialmente aqui, o “corpo de baile”, ou, como diz o jargão, “ensamble”, que quase sempre traz os mesmos rostinhos conhecidos. Cada um dos bailarinos tem seu momento de protagonismo e mostra a que vem: Paulo Victor (que já havia dado as caras em West Side Story e Pippin) faz uma dobradinha divertida com Thiago Alves, bem como meninas Thaiane Chuvas e Fernanda Salla, regidas pelas mãos da já experiente Patrícia Kfouri.


7 - Os Bastidores do Ícone

Conhecer o que tem de além do amante latino: a produção foi inspirada numa biografia homônima de Bruna Ramos da Fonte, que também assina a dramaturgia da peça. Ao que parece, se propõe a mostrar o lado pouco conhecido de Sindey Magal, que supera os brilhos e gestos expansivos do artista. O texto vem para trazer o Sidney de Magalhães, em casa, pai, marido, filho. Ponto positivo para o veterano das novelas Juan Alba, que traz o lado mais família, já adulto de Magal, bem como sua relação com filhos e com sua esposa Magali.


6 - Destaques no elenco 1

Aqui a produção deixa uma tarefa difícil a não ser comentar um por um, começando pelo vilão Roberto Livi, interpretado por Breno Manfredini. Breno, que também interpreta outras personagens menores, consegue arrancar boas risadas com seu vilão argentino, sem cair na caricatura dos nossos hermanos latinos. A identificação com a plateia é imediata (e um dos momentos de alívio cômico). Roberto Livi, além de produzir alguns nomes de sucesso nos anos 70, como Sidney Magal, também era cantor, fato registrado na peça na música “Parabéns, Querida”. Breno ainda interpreta o narrador, o produtor musical Max Pierre, além de outras pequenas personagens.


5 - Destaques no elenco 2

Fernando Vieira, um homem multiuso. Muitas personagens em uma só pessoa. O já conhecido mímico Fernando Vieira traz a sua versão de personas consagradas do grande público, como Vinicius de Moraes, Chacrinha e Faustão. Ator de teatro das antigas, aparentemente, traz entre as falas programadas cacos, que tiram, no mínimo, um sorriso da plateia. Também destaque masculino, Joaz Campos, que, além de Darcy, pai de Magal, interpreta outras pequenas personagens divertidas como o sambista Haroldo Barbosa e o apresentador Raul Gil. Vamos aplaudir!


4 - Destaques do elenco 3

O texto de Bruna faz questão de mostrar o protagonismo importante de diversas mulheres na carreira e na vida de Sidney Magal, a começar por sua mãe. Começo citando a interpretação impecável de Yael Pecarovich, que mostra para o público todas as nuances de afeto, carinho e controlação da matriarca, Dona Sônia. Quando eu assisti, a plateia riu e se emocionou em diversos momentos. A explicação não pode ser tão simplória. Além da boa interpretação da atriz, é impossível não reconhecer um pedacinho da mãe de cada um de nós na Dona Sônia. Ponto para Yael. A peça ainda mostra a importância da professora de canto, Dona Fernanda, interpretada por Jéssica Stephens (que, também, aparece como a divina Elizeth Cardoso). Para o público mais desatento (ou, que não leu a biografia de Magal), pode parecer uma personagem inventada. Porém, dona Fernanda é, na verdade Fernanda Gianetti, docente que moldou a voz de uma geração enorme de artistas da MPB, como Sidney Magal, Maria Alcina, Ney Matogrosso e tantos outros. Fechando os destaques femininos, impossível não citar Flávia Strongolli que, além de Magali, a esposa de Magal, interpreta Cidinha Campos e a magnífica Hebe Camargo com toda sua energia, que é uma alegria de viver!


3- Pontos positivos de produção

Ponto positivo para os figurinos brilhantes, cintilantes e vibrantes que o elenco usa, assinados pelo premiado Fábio Namatame. Uso esse tópico para falar na banda, que ajuda a trazer a ambientação necessária na trilha sonora do espetáculo: André Bedurê (baixo e assistente de direção musical), Eliel Souza (sopros), Gabriel Fabbri (piano), Gustavo Souza (bateria) e Rovilson Pascoal (guitarra). É sempre divertido ver a banda tocando (ponto positivo para a cenografia, que deixa a banda à mostra o tempo inteiro). Não tem como fazer musical sobre Magal sem uma banda vibrando de empolgação e os músicos entenderam direitinho a missão e contagiam a plateia!


2 - Curiosidades

Para quem gosta da história de Sidney Magal, vale o registro: a peça é uma fonte farta de curiosidades sobre a vida do biografado. Entre elas: a vez em que Magal ficou preso num shopping devido à multidão de fãs e bombeiros tiveram que quebrar uma parede para retirá-lo de lá em segurança; a peça ainda cita o curioso fato de Sidney Magal ser primo de Vinícius de Moraes (por essa, muita gente não esperava); embora sejam muitas as curiosidades reais, vou me limitar a contar mais uma para não perder a graça de assistir ao vivo: Magal (pasmem) chegou a esconder sua esposa no porta-malas do carro para não decepcionar suas fãs (imagina se a moda pega entre os cantores da sofrência da atualidade!).


1- Nasce uma estrela

Não, nem Barbra nem Lady Gaga está no elenco. Um dos principais motivos para ir assistir a “Sidney Magal – Muito Mais Que Um Amante Latino” tem nome, sobrenome e idade: Luís Vasconcelos. Vale muito o destaque ver o trabalho desse jovem ator (jovem mesmo, tem 19 anos), apresentando com muita qualidade o biografado. A primeira coisa que chama atenção é a notável semelhança física com Sidney Magal, seja no rosto, no corpo e na indumentária. Uma pessoa pública marcante como Magal tem trejeitos específicos, que podem cair facilmente no caricato. Luís, ao contrário, dá humanidade ao artista, mostrando suas ansiedades, suas angústias, seus amores, suas incertezas. Além de um excelente trabalho de atuação (que já mostra ter com muita maturidade), traz uma boa expressão vocal e um trabalho corporal impecável. É, sem dúvida, um acerto da produção, um ponto altíssimo. Anotem esse nome, que, em breve, deve despontar por aí (não só nos palcos, mas nas produções de streamings, como já está acontecendo).


SERVIÇO

SIDNEY MAGAL: MUITO MAIS QUE UM AMANTE LATINO

Quando: Sex. e sáb., às 20h; Dom., às 17h; desta sex. (21) a 11/12

Onde: Teatro Porto - Al. Barão de Piracicaba, 740, Campos Elísios, região central

Preço: A partir de R$ 40 (meia-entrada)

Classificação 12 anos

Autor: Bruna Ramos da Fonte

Elenco: Juan Alba, Luís Vasconcelos, Yael Pecarovich, Breno Manfredini, Joaz Campos, Flávia Strongolli, Jéssica Stepehens, Fernando Vieira, Paulo Victor, Thiago Alves, Thaiane Chuvas, Fernanda Salla.

Banda: André Bedurê (baixo e assistente de direção musical), Eliel Souza (sopros), Gabriel Fabbri (piano), Gustavo Souza (bateria) e Rovilson Pascoal (guitarra).

Direção: Débora Dubois

Ingressos a venda na bilheteria do teatro ou pelo Sympla clicando aqui

Instagram @sidneymagalomusical

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