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Rodrigo Garcia: Da Era de Ouro de Hollywood à Baltimore dos anos 60


 



Um banho de chuva não pode parar Rodrigo Garcia. O jovem ator tem estado numa crescente, sendo presença no elenco de grandes produções. Formado em Teatro pelo SESI-SP (e tendo estudado também em Londres e Estocolmo), ele já conta com mais de 10 produções nos últimos 8 anos: “O Homem de La Mancha”; “Hebe, O Musical”, as duas temporadas de “A Pequena Sereia”, “Masterclass”, “Billy Elliot”, “Wicked in Concert”; “Cinderella”; “Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate”; “Chicago”; “Anastasia” e  “Funny Girl, A Garota Genial” para destacar seus principais trabalhos.

 

Recentemente ele protagonizou o clássico “Cantando na Chuva”, um título consagrado que teve sete sessões semanais no Teatro Sérgio Cardoso. E como se “calçar os tap shoes” de Gene Kelly já não fosse desafiador o bastante, Rodrigo foi anunciado no elenco da remontagem de “Hairspray“ (que estreou essa semana no Rio de Janeiro) e teve que conciliar os ensaios da produção com a temporada de Cantando. Realmente, You Can’t Stop Rodrigo Garcia, ou talvez, no nosso caso, conseguimos para ela para uma conversa: Confira a entrevista que o ator deu ao Backstage Musical contando um pouco da sua carreira e dos desafios de interpretar Don Lockwood e Link Larkin.

 

 

Rodrigo, conta pra gente como foi o início da sua trajetória artística e como você se descobriu dentro do Teatro Musical

Meu primeiro contato com Teatro Musical foi ainda na escola, quando fui convidado a participar da montagem do espetáculo daquele ano. Eles estavam montando O Rei Leão, e como eu cheguei com o processo em andamento, já tinha muita coisa pronta de cenário e figurino. Aquilo me deixou encantado, e quando comecei a ensaiar foi ainda mais surpreendente. Eu brinco que foi paixão à primeira vista hahahaha ainda que eu tenha levado alguns anos para assumir que queria seguir de fato a carreira.

 

 

Você acabou de protagonizar “Cantando na Chuva”, um título de peso; com uma cena icônica; fazendo um personagem que foi imortalizado por Gene Kelly. Como foi para você administrar toda a responsabilidade de estar em um projeto como esse?

Cantando na Chuva foi o maior desafio da minha carreira até agora, sem dúvida! Além de toda essa responsabilidade, o personagem é fisicamente muito exigente, não sai de cena e a chuva vem como um potencializador desse desafio. Mas uma vez que a gente aprende a canalizar a energia e se “acostuma” com o show, é uma delícia viver essa experiência todos os dias.

 


Durante a temporada de “Cantando na Chuva” aconteceu algum fato engraçado, situação de improviso ou curiosidade de bastidores que ficou marcada?

Alguns hahaha na nossa estreia para o público, a mesa da casa do Don quebrou e nós tivemos que improvisar em cima disso, e foi um momento muito engraçado. E teve um dia que no final do número da chuva, eu escorreguei e fui para o chão. Usei isso para a cena, e foi tão legal, que a vontade era de manter isso pelo resto da temporada.

 

 



Nas últimas semanas você encarou uma jornada dupla: Como foi conciliar os ensaios de “Hairspray” enquanto aconteciam os compromissos com a temporada de “Cantando na Chuva”?

Não foi nada fácil! Foram 6 semanas nessa jornada dupla…

A gente passa a viver em função do trabalho, e em algum momento nosso corpo cobra por isso. Porque além dos ensaios e sessões, existe uma agenda de divulgação dos dois espetáculos, que precisava ser cumprida. Ações de patrocinadores, entrevistas, programas de TV…

Houveram alguns momentos onde eu precisei dar entrevistas por telefone dentro do carro, indo do ensaio para a sessão, ou então no horário de almoço. Enfim, os compromissos de um musical não se resumem a estar no palco, e cumprir essa agenda dupla só foi possível porque as duas produções estavam sempre alinhadas e dispostas a fazer dar certo!

 

 

Em “Hairspray” você fará seu terceiro mocinho/galã: Dmitry, Don Lockwood e Link Larkin, quais as nuances e diferenças que você vê nessas três personagens. Qual deles mais se parece com o Rodrigo?

Acho que existe uma diferença grande da época que eles viveram, e também da idade e consequentemente da maturidade: O Link é o mais jovem dos três, um menino superprivilegiado, então existe uma ingenuidade nas escolhas. Enquanto o Dmitry, apesar de ser jovem, foi um cara que cresceu nas ruas, e precisou se virar para sobreviver. Ele vinha carregado de uma força e determinação muito grande. Já o Don é um homem mais estabelecido, que acaba se deparando com um desafio na carreira e uma surpresa amorosa.

É difícil pensar em qual eu me identifico mais, porque a gente se afeiçoa pelas questões dos personagens que a gente interpreta. Mas acho que tenho um carinho especial pelo Dima, não exatamente por ter vivido algo parecido, mas talvez pela forma de encarar os desafios.

 

 

 “Hairspray” começa em cartaz no Rio de Janeiro. Como está a expectativa para a estreia e o encontro com o público carioca?

Eu tive um contato rápido com o público carioca no ano passado na temporada carioca do Funny Girl. Mas sinto que dessa vez vai ser diferente! Nós vamos estrear o espetáculo no RJ, e a resposta do público pode ajudar a definir muitas coisas. Estou super ansioso pela estreia, que já está virando a esquina hehe

 


 Apesar de ser uma comédia musical, com canções bem animadas, “Hairspray” toca em assuntos bem sensíveis. Como tem sido o processo de construção do espetáculo levando essas questões?

Nossa equipe criativa foi cirúrgica na condução desses temas tão importantes. Além de todo o estudo de referência histórica, nós tivemos workshops e palestras com profissionais especializados nas temáticas abordadas, que seguem fazendo uma curadoria e supervisão durante todo o processo criativo, para que esses assuntos sejam abordados com a importância e cuidado devidos.

  



Rodrigo, você está prestes a estrear mais um musical tendo papel de destaque, e desde de 2017 você tem emendado trabalhos de bastante relevância dentro do Teatro Musical: Qual o conselho você daria para quem está começando nessa trajetória?

Nossa, acho que eu precisaria de um livro para falar tudo que eu acho necessário sobre o nosso meio. Mas, em síntese, acho que o mais importante é que a gente não glamourize a profissão.

Sei que viver de teatro é o sonho de muitas pessoas, mas a ânsia de realizar isso pode levar a uma distorção de que isso é um trabalho e uma profissão que deve ser levada à sério, como qualquer outra. Não apenas do ponto de vista do estudo constante, mas principalmente sobre condições de trabalho, e saúde física e mental. Nós somos os primeiros responsáveis por nos cuidar e exigir uma estrutura mínima para a realização do nosso trabalho.

 

 

Por que as pessoas precisam conferir Hairspray?

Apesar do recorte histórico, as questões sociais e raciais levantadas pelo texto são extremamente atuais e necessárias. E colocá-las dentro de uma narrativa musical, principalmente com músicas tão bem escritas, nos aproxima da história e nos faz refletir genuinamente. E ainda temos momentos de comédia, de romance e superação. O público tem tudo para sair do teatro revigorado!

 

 

SERVIÇO

Hairspray

 

Rio de Janeiro

Em cartaz no Teatro Riachuelo (R. do Passeio, 38/40 – Centro, Rio de Janeiro, RJ)

Sessões: Quinta e Sextas-feiras às 20h; Sábados às 16h e 20h; e Domingos às 15h e 19h

Ingressos a Venda na bilheteria do Teatro ou pelo Sympla

Duração: 180 Minutos

Classificação: A partir de 12 Anos

Temporada: 04 de Julho a 18 de Agosto

 

São Paulo

Em cartaz no Teatro Renault (Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela Vista, São Paulo -SP)

Sessões: Quinta e Sextas-feiras às 20h, Sábados e Domingos às 15h e 20h

Ingressos a Venda na bilheteria do Teatro ou pela Tickets for Fun

Duração: 180 Minutos

Classificação: A partir de 12 Anos

 Temporada: A partir de 05 de Setembro

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