Baseado na obra “Partimpim 2”, de Adriana Calcanhotto, musical infantojuvenil tem dramaturgia de Adriana Falcão e Matheus Torreão
Aos 9 anos, quando Isabel saiu sozinha pela primeira vez, o lugar escolhido para visitar foi uma livraria. Agora, aos 12 anos, sua paixão por livros não diminuiu – e, em meio às histórias que lê, acaba descobrindo o primeiro amor no príncipe Alexandre, o menino que nasceu de um raio que veio do céu. Inspirado nas canções do disco “Partimpim 2”, da cantora e compositora Adriana Calcanhotto, o musical infantojuvenil “Baile Partimcundum” dá continuidade ao projeto iniciado com o espetáculo “Lá Dentro Tem Coisa” (2017), idealizado pelo ator e empreendedor cultural Felipe Heráclito Lima. A montagem tem direção de Renato Linhares e direção musical de Felipe Habib e Maíra Freitas.
“Como filmamos em um teatro, escolhi usar as ferramentas da magia teatral associadas à linguagem do cinema. Ensaiamos no teatro por três semanas e tivemos apenas dois dias de filmagem, então, precisava estar tudo muito bem decupado”, conta o diretor Renato Linhares. “Foi muito bonito o diálogo com o Murilo e perceber a maneira como ele transformava a cena pela ótica da câmera, pela possibilidade de corte”, diz.
O elenco de atores-cantores é formado por Caju Bezerra, Felipe Rocha, Léo Bahia, Lu Vieira, Thaís Belchior e Thiago Catarino. As canções pontuam a aventura de Isabel pelo Reino Partimcundum. São elas: “Alexandre”, “Ringtone de amor”, “Alface”, “O homem deu nome a todos os animais”, “Menina, menino”, “O trenzinho do caipira” e “Baile Partimcundum”. Para a versão on-line, o diretor musical Felipe Habib destaca o desafio de adaptar a trilha para o novo formato.
“A música não é apenas a que é executada em cena. Há uma pré e pós-produção. Primeiro, gravamos todas as bases e vozes no estúdio e, depois, captamos tudo ao vivo em cena, instrumentos e vozes”, explica Habib. “Já fiz trilha sonora de audiovisual e muitas direções musicais. Mas essa é uma nova linguagem. Não é teatro, nem cinema. É algo novo, uma peça no audiovisual”, completa.
Criado por Bia Junqueira, o cenário evoca o interior de um livro. Todo feito por papéis de texturas e cores diferentes (craft, vegetal e manteiga) e com poucos objetos cênicos, o cenário transita entre os universos da casa da protagonista e o da imaginação e dos sonhos. Ao contornar todo o palco de papéis, Bia propõe transformar o espaço nesses dois universos no decorrer da história. “Todo o entorno virou a capa, a estrutura do livro; e palco seria o miolo, onde se passam a história e as músicas”, diz. “O papel permitiu criar movimento. O papel, que é a casa da menina, se transforma no livro em que os personagens entram. Sempre transitando entre o real e o onírico.”
Idealizador do projeto, Felipe Heráclito Lima ressalta a importância de levar para a cena infantojuvenil temas como o primeiro amor e as novas formações familiares. “Como é se apaixonar por um personagem inventado, que só existe no mundo da imaginação? De certa forma, quando a gente se apaixona por uma pessoa, a gente também fantasia, vai colocando nela os adjetivos que a gente projeta”, acredita. “Ainda estamos vivendo um momento delicado no retorno do teatro presencial e achamos que seria mais apropriado continuar essa história no formato on-line. O texto da Adriana Falcão vai ao encontro com eessa proposta híbrida do teatro produzido com recursos do cinema”, diz.
A HISTÓRIA – Com dramaturgia de Adriana Falcão e Matheus Torreão, a peça foi criada a partir das músicas do disco “Partimpim Dois”. Assim como em “Lá Dentro Tem Coisa”, Isabel é o fio condutor dessa nova história. Aqui, a menina cuja paixão por livros permanece viva, tem duas mães e descobre-se apaixonada por Alexandre, o herói um pouco inseguro e um tanto misterioso de uma das histórias que leu.
O universo da peça transita entre a casa de Isabel e o Reino do Partimcundum, onde vive o príncipe Alexandre. Certa noite, a menina é surpreendida pelo cavalo Aristócrates, fiel escudeiro do príncipe Alexandre, na janela do seu quarto, com um pedido de ajuda para encontrar o jovem nobre, que sumiu no dia de sua coroação – e o Leão é o principal suspeito de tê-lo raptado. Isabel, então, aceita ir para o Reino Partimcundum com Aristócrates em busca do príncipe desaparecido. A partir desse momento, ela entra no livro e começa a contar essa história junto com os personagens. Em meio a sua aventura, ela passa pelo mágico Poço de Partimcundum, onde todos os desejos se realizam, o Bosque das Alfaces e a Toca do Leão.
FICHA TÉCNICA
Elenco: Caju Bezerra, Felipe Rocha, Léo Bahia, Lu Vieira, Thaís Belchior e Thiago Catarino
Idealização: Felipe Heráclito Lima
Dramaturgia: Adriana Falcão e Matheus Torreão
Direção e dramaturgia cênica: Renato Linhares
Direção audiovisual: Murilo Alvesso
Direção e Produção Musical: Felipe Habib e Maíra Freitas
Direção de Produção: Ana Paula Abreu e Renata Blasi
Arranjos: Felipe Habib, Felipe Rocha e Maíra Freitas
Direção assistente: Carolina Cony
Assistência de direção de set: Brenda Monteiro
Assistência Musical: Eduardo Müller
Câmera e Montagem: Murilo Alvesso e Jorge Yuri
Assistência de câmera e Still: João Marcello Costa
Cenário: Bia Junqueira
Figurinos: Karen Brusttolin
Visagismo: Andressa Garlet
Luz: Bernardo Lorga
Engenharia de Som e Mixagem: Branco Ferreira
Programação Visual: Bianca Oliveira
Fotos da Arte e de Divulgação: Murilo Alvesso, João Marcello Costa e Leo Aversa
Assessoria de Imprensa: Paula Catunda e Catharina Rocha
Mídia Digital: Gigi Prade e Leila Guimarães | Mugiu Magenta
Produção Executiva: Juliana Trimer
Assistente de Produção: Brenda Monteiro
Parcerias Estratégicas: Glória Dinniz e Bruno Paiva
Coordenação Leis de Incentivo: Estufa de Ideias
Produção Audiovisual: Assum Filmes
Produção: Diálogo da Arte Produções
SERVIÇO
Espetáculo on-line: “Baile Partimcundum”.
Temporada: De 02/10 a 28/11.
Dias e horários: Sábados e domingos, às 17h.
Local: Exibição via plataforma Sympla
Ingressos: Sympla – R$ 20 (inteira) | R$ 10 (meia)
Duração: 60 minutos.
Classificação: Livre.
Gênero: Musical infantojuvenil.
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