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E agora?


Estamos passando por um momento de incertezas em relação ao futuro do teatro musical brasileiro. Com a redução do teto da lei Rouanet para R$1 milhão por projeto, é inviabilizado a produção de grandes espetáculos no país, colocando em risco todo esse mercado, que depende da lei.

No cenário político atual, a Lei Rouanet foi demonizada, com um discurso, sem embasamento, de que o dinheiro público estaria sendo usado para o benefício exclusivo de artistas e produtores, argumento extremamente equivocado, e que deve ser derrubado.

A FGV, em parceria com a SBTM (Sociedade Brasileira de Teatro Musical), divulgou os resultados de uma pesquisa feita com intuito de identificar o impacto econômico no país, causado pelo mercado de Teatro Musical, durante o último ano, com a participação de 28 espetáculos, o resultado foi surpreendente, os números provam e reafirmam a importância do setor na economia brasileira.

Confira:

O impacto econômico do setor no país, no período de um ano, foi de R$ 1,01 bilhão.

Foram gerados, nesse mesmo período, um total de 12.824 empregos, direto e indiretamente.

Foram recolhidos R$ 131,3 milhões em impostos, de um total de R$ 68,3 milhões em incentivos fiscais. Resultando em um retorno sobre o investimento público positivo de 1,92 reais, para cada 1 real investindo.

Já o índice de alavancagem econômico é de 8,25, ou seja, para cada um real gasto na produção de um espetáculo desse gênero, mais de 8 reais rodam na nossa economia.

Foi atingido um público de mais de um milhão de espectadores, sendo que 41,3% desse público não é residente na cidade do evento.

Vale lembrar que esse estudo foi feito considerando apenas 28 musicais do circuito São Paulo. Ou seja, se considerarmos Rio de Janeiro e turnês, esses números serão ainda maior.

Esses número deixam claro que com a redução do teto da Lei Rouanet, não será apenas o setor de teatro musical que sofrerá, mas afetará, também, a economia do país como um todo. Nesse momento, é nosso dever não ficar calado e lutar contra essas mudanças equivocadas.

Entenda, de um jeito simples, o funcionamento da Lei Rouanet: diferente do que muitos pensam, que a lei dá para produtos o dinheiro público sem pensar duas vezes, existe um processo burocrático muito rígido por trás, fazendo com que demore, muitas vezes, anos para que um projeto saia do papel.

O primeiro passo é ter o seu projeto aprovado pela lei, em seguida se inicia o processo de captação, no qual os produtores devem ir atrás de empresas que aceitem investir no projeto, sendo essas empresas têm a opção de reverter uma porcentagem dos impostos que deveriam ser pagos. Viabilizando a produção de espetáculos querem o custo inicial de produção de muitos milhões de reais, e que necessitaria ficar em cartaz no mínimo dois anos para recuperar esse investimento inicial, tempo inviável para maioria dos espetáculos, que tem público para lotar um teatro de grande porte por poucos meses.

A lei ainda garante que uma parcela significativa dos ingressos seja distribuída gratuitamente, e outra parte vendida a preços populares. Em 2018, foram concedidos 189.173 ingressos gratuitos.

Sobre a SBTM: Em meio às grandes ameaças ao setor no Brasil, surgiu a Sociedade Brasileira de Teatro Musical, com presidência de Stephanie Mayorkis, da IMM Esporte e Entretenimento, a instituição possui participação dos principais produtores desse mercado, além de outros profissionais que também dependem desse meio para sobreviver.

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