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A COR DO AMOR PRÓPRIO E AO PRÓXIMO


Sucesso literário ganhador do Prêmio Pulitzer, o livro da autora Alice Walker “A Cor Púrpura” é uma bela e melancólica história sobre uma mulher negra sofrendo abusos ao longo de 40 anos, tanto pelo pai quanto por seu marido., mas mantendo o sonho de voltar à Mãe-África e reencontrar sua irmã. A história também foi sucesso nos cinemas, pelas mãos do diretor Steven Spielberg, qual a atriz Whoopi Goldberg concorreu ao Oscar de Melhor Atriz em 1985, como a protagonista, Celie, em um filme que encantou gerações e desde então se tornou um clássico!


Mas não parou por aí, com duas montagens teatrais lá fora, na Broadway, a segunda ganhando prêmios, “A COR PÚRPURA” se torna atemporal em tempos de intolerância em vários estilos e setores. E então, chega ao Brasil, pelas mãos do sempre talentoso diretor Tadeu Aguiar, com versão brasileira de Artur Xexéu, e direção musical de Tony Lucchesi, a versão nacional do musical, com músicas de Brenda Russell, Allee Willis e Stephen Bray.


O Backstage Musical teve acesso a três números musicais do espetáculo que estreia na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, no dia 5 de setembro, e podemos adiantar que emoção não vai faltar na montagem de Tadeu Aguiar. Todas as canções carregam consigo emoção e amor o tempo inteiro, principalmente quando o elenco inteiro se reúne no número musical. Ao todo, são 32 músicas, se contarmos com as vinhetas e músicas de passagem, porém, números grandes, segundo Lucchesi, são 18 no total, com um elenco que mesmo fora de cena, não deixa de parar quieto, pois já se junta ao coro na canção seguinte.



Com uma hora e cinquenta de duração, divididas em dois atos, a história de Celie (interpretada com muito esplendor por Letícia Soares), tem curiosidades desde sua origem, que o diretor relatou ter sido amor à primeira vista. Tadeu Aguiar não se conteve no primeiro ato do musical na Broadway, relatando estar tão impactado no intervalo, que mal poderia se mexer, o mesmo aconteceu ao final do musical, e ali ele sentiu que precisava montá-lo. Além disso, a atriz Nadjane Pierre, que era cabelereira nos estúdios da Tv Globo, teve seu talento descoberto enquanto cantava baixinho na presença das atrizes Alessandra Maestrini e Arlete Salles. Segundo Aguiar, as duas ligaram para ele imediatamente e lhe pediram que a ouvisse nos testes e audições para o musical. Não deu outra, ela entrou não só com ensemble, mas também como uma das solistas da igreja qual Celie frequenta.


Dos atores, 574 pessoas se inscreveram nos testes, e apenas 17 chegaram ao elenco final, sendo que, desses 17, 4 foram convidados pessoalmente pela produção. Os nomes que compõe o elenco são: Flavia Santana (Shug Avery), Ester Freitas (Nettie), Suzana Santana (Jarene) Erika Affonso (Doris), Gabriel Vicente (Bobby), Analu Pimenta (Squeak), Claudia Noemi (Darlene), Thór Junior (ensemble e pastor), Caio Giovani (Grady, ensemble), Gabriel Vicente (Bobby, ensemble), Renato Caetano (soldado, ensemble) ,Leandro Viera (chefe da tribo Olinka, ensemble), Lilian Valeska, Jorge Maia, Sérgio Menezes e Flávia Santana.



A ideia não é abrasileirar o original. A ideia é contar uma história sobre superação e amor próprio de uma mulher que passou por dificuldades e humilhações de forma mais branda que no filme, e principalmente no livro contato em forma de cartas. Aqui, “A Cor Púrpura” será uma quase ópera, com atores transformando passagens da história em números musicais que em momento algum serão forçados ou sem parecerem orgânicos na trama. A música aqui se torna parte da história, ela conta uma história, e isso tornará a experiência ainda mais imersiva, segundo Lucchesi. São cenas emocionantes, e estávamos apenas com atores, sem figurinos ou cenários. Então, o que podemos esperar é muita emoção (o próprio diretor se emocionou durante a apresentação de uma das músicas entre Letícia Soares e Flávia Santana!), muito amor, e muito a ser dito em tempos sombrios para a cultura e para as relações humanas.


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Ficha técnica: Texto: Marsha Norman Músicas: Brenda Russell, Allee Willis e Stephen Bray Versão brasileira: Artur Xexéo. Direção Geral: Tadeu Aguiar Direção Musical: Tony Lucchesi Elenco: Letícia Soares, Sérgio Menezes, Lilian Valeska, Flavia Santana, Jorge Maia, entre outros. Assistência de direção: Flavia Rinaldi Produção de elenco: Marcela Altberg Cenário: Natalia Lana Figurino: Ney Madeira e Dani Vidal Desenho de luz: Rogério Wiltgen Desenho de som: Gabriel D’Angelo Coreografia: Sueli Guerra Visagismo: Ulisses Rabelo Assistência de cenografia: Gisele Batalha Assistência de Coreografia: Olivia Vivone Assistência de direção musical: Thalyson Rodrigues Assessoria de Imprensa: barata Comunicação Registro Videográfico: Paulo Severo Comunicação em redes sociais: Rafael Nogueira Projeto gráfico: Alexandre Furtado Coordenação de produção: Norma Thiré Produção Geral: Eduardo Bakr

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