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#ENTREVISTA com Lia Canineu


Atualmente em cartaz como a protagonista de “Cinderella”, Lia Canineu vive um momento único em sua carreira. A atriz de Sorocaba tem se destacado em produções como ‘ A Noviça Rebelde’ e ‘A Era do Rock’ e também fez parte do elenco da primeira temporada de ‘Cinderella’. De volta ao espetáculo que viveu um hiato de mais de um ano, Lia conversou com o Backstage Musical sobre sua carreira e compartilhou como tem sido essa experiência.


1. Lia, conta pra gente um pouco da sua trajetória artística.

Comecei a me interessar por teatro na época da escola, a disciplina era bastante popular no meu colégio. Meus primeiros professores de teatro foram grandes incentivadores até os meus 17 anos. Depois que voltei de um intercâmbio cultural de um ano, me mudei pra São Paulo em busca de uma formação mais completa em teatro musical. Busquei o conselho de pessoas do mercado para saber a melhor escola para iniciar. Foi quando encontrei a Casa de Artes OperÁria. Lá fiz aulas de canto, de ballet e coachings de atuação. Em 2014, participei do processo seletivo para entrar no Curso Técnico de Teatro Musical do SESI-SP e acabei passando. Foram três anos de uma formação bastante completa e, principalmente, dedicação para estar além da expectativa. Durante o SESI, fiz alguns contos infantis, mas nunca mandava material para audicionar para os grandes musicais, pois não me sentia pronta. Até que em outubro de 2015 fiz minhas primeiras audições: Cinderella e Wicked, e desde então tenho tido a sorte de trabalhar com o que amo.


2. Você esteve no elenco original da montagem de ‘Cinderella’ em SP, em 2016, e fez também a temporada Rio. Como é retornar ao espetáculo, após todo esse tempo longe, e agora com a responsabilidade de encarar a protagonista?

Tenho a sensação de nunca ter deixado o Cinderella. Foi o meu primeiro musical, cresci e amadureci junto com ele. Voltar agora para o que pode vir a ser a despedida do musical (nunca sabemos o dia de amanhã, né?) é o fechamento de uma importante fase da minha vida e o início de uma nova e bastante atraente fase. Retornar como Cinderella é um elogio precioso. A produção e equipe criativa confiaram a mim este tesouro e não é sempre que testemunhamos uma cover assumindo o papel de protagonista, neste caso dois anos depois! Estou muito honrada e feliz com o convite.


3. Na temporada no Teatro Alfa, em 2016, você era Cover da ‘Cinderella’ e você também desempenhou essa função em ‘A Noviça Rebelde’. Como que é esse trabalho de “estar pronta para entrar em cena”, “de saber o seu e o do outro” enfim, como é o processo/preparação e a rotina de ter uma outra função dentro do espetáculo?

Cover de Cinderella, depois cover de Sherrie em ‘A Era do Rock’, em seguida, cover de Celeste, Porteiro, Penélope e Passarinho no ‘Castelo Rá-tim-bum O Musical’ e então cover de Maria Von Trapp no Noviça. Eu nunca soube o que é estar em um musical sem ser cover de algum personagem (rs), Cinderella é a minha primeira experiência! O processo de preparação de um cover é bastante intenso. É informação em dobro. É, muitas vezes, estar de corpo presente na sua marca, mas com o rabo de olho na do outro. Na minha opinião, assim que o musical estreia tudo fica mais tranquilo. Os ensaios de manutenção normalmente são com os covers e estes são sempre bem-vindos, já que não se tem o exercício diário daquele plot. É uma experiência nada, nada fácil, mas bastante engrandecedora!


4. Essa versão de ‘Cinderella’ é diferente da que o público geral conhece pelo filme da Disney e das histórias comumente contadas. O que você vê de especial na sua personagem? No que você se inspira para contar a história dela?

SIM, é bastante diferente daquilo que todos esperam - essa é uma das minhas coisas favoritas sobre o musical. Nesta versão, encontramos uma Cinderella ativista, politicamente engajada. Essa novidade é parte essencial no desenrolar da narrativa e dá um tempero diferente à princesa que já conhecemos e amamos. Me inspiro no fato de que estou compartilhando um sopro de esperança. Contar a história de Cinderella é servir ao público motivos para escolher alegria à tristeza, esperança à desistência, perdão ao rancor.


5. Como tem sido sua rotina e preparação durante a semana para manter-se preparada para a jornada intensa de apresentações semanais?

Tivemos apenas alguns dias de ensaio antes da estreia. Neste período procurei ler o texto todos os dias, repassar as marcas, as notas da diretora residente, para que a repetição me deixasse mais tranquila, para que tudo ficasse mais orgânico para estrear com propriedade. Agora que estreamos, as segundas-feiras são sagradas para descansar (rs).


6. Você acabou de terminar a temporada de ‘A Noviça Rebelde’; um clássico familiar que atravessou gerações; você também fez ‘O Castelo Ra Tim Bum - O Musical’, um ícone da infância de muita gente e agora, está de volta ao ‘Cinderella’, uma das princesas mais emblemáticas. Parece que os clássicos estão sempre no seu caminho: Qual o desafio de subir ao palco defendendo personagens e contando histórias que já são tão amadas e conhecidas pelo público?

O desafio de contar histórias tão amadas e conhecidas é que o público deixa de ser um espectador comum, ele se torna especialista daquela história, daqueles personagens, daquele score e no caso do Castelo Rá-tim-bum, por exemplo, até mesmo do cenário e dos “bordões”. A expectativa do público ganha outra dimensão e atender a isso exige desprendimento. A ideia nunca é imitar o que já foi feito, mas usar de inspiração para criar e, quem sabe, renovar um gosto popular.


7. Embora seja um musical para toda família, é inegável o apelo da Cinderella para as pequeninas. Como está a expectativa de interação com o público infantil para essa nova temporada?

Eu tenho 13 sobrinhos! Imagina? Entre eles, cinco meninas apaixonadas pelas princesas da Disney. Eu amo crianças. Amo os olhares brilhantes e os abraços vibrantes que ganhamos depois do show. O encantamento desses pequenos é um combustível poderoso. Eu mal posso esperar para compartilhar essa história com eles!


8. ‘Cinderella’ e ‘A Noviça Rebelde’: duas obras de Rodgers & Hammerstein II. Qual o desafio de cantar canções de compositores tão consagrados no teatro musical?

Eu acrescento também o desafio que é cantar músicas que foram originadas pela voz de Julie Andrews - ela que interpretou a Cinderella em 1957 e Maria Von Trapp em 1965. O desafio é grande, não são canções fáceis. São standards e com esse título vem a responsabilidade de honrar a obra. Eu espero continuar a contar e cantar os sucessos dessa dupla! Eu sou GRANDE fã! Carousel vindo, estamos aí hein? (rs).


9. Por que o público não pode deixar de ir conferir 'Cinderella' mais uma vez?

Cinderella mais uma vez, por que São Paulo continua precisando desse sopro de esperança!


Venha conferir Lia Canineu em Cinderella:

SERVIÇO Em cartaz no Theatro NET São Paulo (R. Olimpíadas, 360 – Vila Olímpia /Shopping Vila Olímpia – 5º piso) Temporada: 03 de agosto até 30 de setembro Sessões: Quintas e Sextas às 20h | Sábados às 16h e às 20h | Domingos às 17h

Preços: Plateia Central: R$ 250,00 | Plateia Lateral: R$ 230,00| Balcão 1: R$ 130,00 | Balcão 2: R$ 75,00 Ingressos: podem ser adquiridos pela bilheteria do Thearo NET SP ou pelo site Ingresso Rápido

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