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#DIADOROCK Invasão do Rock no Teatro Musical


Hoje é dia de celebrar um dos gêneros musicais mais queridos, o rock. E como a arte copia a vida, ou a vida copia a arte, e todo estilo de música que faz sucesso mais cedo ou mais tarde acaba nos palcos de teatro musical, com o rock não poderia ser diferente. Esse gênero vem sendo representado aos montes no teatro desde os anos 70, então o Backstage Musical separou alguns dos espetáculos mais icônicos que homenageiam essa música.


HAIR


Considerado como um marco na transformação do Teatro Musical de um modelo mais clássico para um que dialogava com a juventude do momento, Hair estreou na Broadway em 1968, com músicas que se tornariam hinos das lutas hippie. Outra força que o espetáculo trazia era sua mensagem anti-guerra, em um cenário que atormentava os jovens norte-americanos causado pela guerra do Vietnã. Foi motivo de controvérsia, também, uma cena de nudez explicita. Resumindo, Hair tinha tudo naquele momento para fazer barulho e transformar os paradigmas do Teatro Musical.


JESUS CHRIST SUPERSTAR


Seguindo Hair nessa transformação, Andrew Lloyd Webber conseguiu pela primeira vez levar um de seus musicais aos palcos da Broadway, que por muitos é considerado até hoje sua maior obra, Jesus Christ Superstar. A opera rock que sempre veio rodeada de polêmicas, inovava não só no gênero musical, mas também na forma em que abordava uma história já tão repetida, só que dessa vez de uma nova perspectiva, a do Judas, e dando voz para a juventude da época.


No Brasil, o espetáculo ganhou uma montagem recente em 2014, quase 50 anos após sua estreia no Broadway, e ainda causava polêmicas, com direito a protestos de grupos religiosos na frente do teatro no dia da estreia, querendo censurar a arte. A montagem foi dirigida por Jorge Takla com Igor Rickli, Alirio Netto, Fred Silveira e Negra Li, entre outros.


ROCKY HORROR SHOW


Rocky Horror Show foi mais um espetáculo revolucionário. Sua sátira, que ao mesmo tempo serve como forma de homenagem aos grandes clichês do cinema, arrasta fãs até hoje para sessões de cinema interativas, onde o público vai fantasiado dos personagens, levam arroz para jogar na cena do casamento, jornais para se cobrir na chuva, entre outras coisas.


Essa tradição se arrasta até as sessões de teatro, como foi o que aconteceu na montagem brasileira mais recente, dirigida por Charles Moeller e Claudio Botelho. Era possível encontrar em todas as sessões fãs usando cosplay de Frank'n'Furter, Riff Raff, Magenta, Columbia, Brad, Janet, entre outros. E nos finais das sessões, esses fãs eram convidados pelo elenco para se juntar no palco e dançar Time Warp, era uma festa.



RENT


Rent foi outro espetáculo que marcou uma geração, ao tratar de assuntos presentes no dia a dia daqueles jovens boêmios e, de alguma forma, ignorados, tratados como um tabu. Discussões sobre AIDS, homossexualidade e bisexualidade, entre outros assuntos fizeram Rent relevante naquele momento, e importante até hoje para se possa compreender aquele período.


Após uma montagem no final dos anos 90, que inaugurava uma nova era do teatro musical brasileiro, na qual contava Alessandra Maestrini, Jarbas Homem de Melo, Marcos Tumura, Bianca Tadini entre outros gigantes. Rent ganhou uma produção independente no inicio de 2016, produzida e protagonizada por Bruno Narchi, onde o musical ganhou uma cara totalmente nova. O elenco também contava com Thiago Machado, Ingrid Gaigher, Myra Ruiz, entre outros.


WE WILL ROCK YOU


We Will Rock You, o espetáculo com músicas do Queen, estreou em 2002 na West End, e se tornou um marco no teatro musical londrino, ficando em cartaz no Dominion Theatre por 12 anos. O musical, com texto de Ben Elton, se passa em um futuro distante, onde a música feita ao vivo é proibida. Nesse universo Galileo, que sonha com letras de sucessos do passado, se junta com outros rebeldes para trazer o rock de volta.


O espetáculo veio para o Brasil em 2016, inaugurando o Teatro Santander, pelas mãos da Caradiboi. O elenco contava com Alirio Netto e Beto Sargentelli dividindo o papel de Galileo, Livia Dabarian como Scaramouche, Fred Silveira e Andrezza Massei como os vilões Khashoggi e Killer Queen, mas o grande destaque do elenco ficou por conta de Thais Piza e Nick Maia, que faziam os rebeldes Oz e Brit.



SPRING AWAKENING


Quando estreou na Broadway, Spring Awakening logo se tornou uma febre. A adaptação musical da obra de Frank Wedekind, na qual representava a opressão sofrida por jovens do século XIX, conseguia de forma brilhante dialogar com os jovens atuais que ainda se veem sendo oprimidos por alguns tabus que se mantêm até os dias de hoje, através de um rock alternativo apaixonante. Spring ainda fez história por ter sido o primeiro musical d século XXI a ganhar um revival na Broadway, uma montagem icônica, que se destaca pela forma sensível em que adicionaram o elemento da acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva.


A dupla Charles Moeller e Cládio Botelho, responsáveis pela primeira montagem Brasileira, promete que em breve teremos uma segunda. A primeira montagem revelou toda uma geração de atores de teatro musical no Brasil, do qual grande parte estava fazendo sua estreia no teatro, ou então seria um de seus primeiros musicais. Como foi o caso de Malu Rodrigues, Felipe de Carolis, Leticia Colin, Laura Lobo, entre muitos outros nomes.


ROCK OF AGES


Rock of Ages é, provavelmente, a maior celebração desse gênero que chegou aos palcos da Broadway, celebrando em especial o rock dos anos 80. O espetáculo, que estreou em 2009, conta com grandes sucessos do hard rock, desde músicas do Bon Jovi, Whitesnake, Twisted Sister, Journey, Joan Jett, Europe, entre muitos outros. E não se limitando apenas na música, o espetáculo apresenta para os jovens, todo o universo dos anos 80 e seus excessos, em uma leve e divertida comédia.


O musical veio para o Brasil em 2017 no Teatro Porto Seguro, pelas mãos da 4Act, intitulado de A Era do Rock, e trouxe no elenco Thuany Parente como Sherrie, Diego Montez como Drew, Ricardo Marques com Stacce Jaxx, Ana Luiza Ferreira como Regina e Diego Martins como Franz, em meio a grande elenco.



AMERICAN IDIOT


Já em 2010 foi a vez de Green Day se arriscar na Brodway, com a opera (punk) rock, American Idiot. Utilizando as canções do álbum de mesmo nome, que marcou o inicio dos anos 2000 por representar de forma fiel o sentimento que os americanos passaram, após o ataque terrorista de 11 de setembro. A história gira entorno da jornada de Johnny, o Jesus of Suburbia, que sai de sua pequena cidade de subúrbio para tentar uma vida nova na cidade grande.


O espetáculo está previsto para estrear em breve no Brasil, pelas mãos da Touche Entretenimento, e com direção de Mauro Mendonça Filho. O elenco, que tinha previamente sido anunciado, contava com Beto Sargentelli, Thais Piza, Di Ferreiro, Lua Blanco, Tiago Fragoso, entre outros nomes (mas lembrando que esse elenco ainda pode sofrer alterações).



ROCK IN RIO


No Brasil, o musical desse gênero que se destacou foi o Rock in Rio. O espetáculo é inspirado no maior festival de música brasileiro e estreou no Rio de Janeiro em 2013, ganhando em seguida uma temporada em São Paulo, no Teatro Alfa, e em 2016 o espetáculo foi para Lisboa, para abrir o festival em Portugal.


SCHOOL OF ROCK


Inspirado no filme de mesmo nome com Jack Black, o musical introduz para crianças todo o universo do rock'n'roll, por meio de Dewey, um rockeiro frustrado que acaba como professor substituto de uma turma de crianças, decidindo montar uma banda com elas. O espetáculo conta com músicas de Andrew Lloyd Webber, e surpreende pelo talento das crianças, que além de fazerem o "básico" do teatro musical, atuarem, cantarem e dançarem, elas também tocam seus devidos instrumentos de forma brilhante.


BAT OUT OF HELL


Com músicas compostas por Jim S, Bat Out of Hell ganhou nos anos 70 um concept album gravado pela voz de Meat Loaf. Mas foi só em 2017 que o espetáculo conseguiu chegar pela primeira vez aos palcos. Em cartaz atualmente na sua segunda temporada em Londres, o musical é uma versão rock'n'roll de Peter Pan, situado em um futuro apocalíptico, no qual jovens rebeldes estão "congelados" no tempo, e não podem envelhecer.


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