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A vida do Vagabundo Chaplin - o musical conta a vida e a obra do gênio do cinema mudo


Quando em 1933, duas das pessoas consideradas de maior expressão política e científica se encontraram, o mundo sabia que viria boa coisa. Albert Einstein, num breve encontro com Charles Chaplin, na estreia do filma Luzes da Ribalta, teria dito: “O que eu mais admiro na sua arte é sua universalidade. Você não diz uma palavra e, ainda assim, o mundo te entende.” Chaplin, dono de um raciocínio rápido, sem pestanejar, respondeu: “É verdade, mas sua fama é ainda maior. O mundo admira você, quando ninguém entende você.” Charles Spencer Chaplin é até hoje um dos mais importantes ícones do cinema do mundo, está ganhando destaque nos palcos, por meio da peça Chaplin – o musical. A peça, que estreou na no Festival de Teatro Musical de Nova Iorque (New York Musical Theatre Festival) em 2006, ganha uma versão estrangeira pela primeira vez e sua primeira parada é São Paulo.

Com um elenco que reúne 21 atores e 10 músicos, Chaplin – o musical começou bem sua temporada no Theatro Net SP, no último dia 14 de maio. O espetáculo conta com a co-produção de Cláudia Raia e Sandro Chaim.

Quem encara a responsabilidade (nada pequena) de interpretar o gênio bipolar Charles Chaplin, é o já veterano do teatro musical, Jarbas Homem de Melo. Durante as quase duas horas e meia de espetáculo, Jarbas reveza a função do papel com as crianças Cauã Martins e Gabriel Cordeiro, que vivem Chaplin na fase jovem.

Muitos dos comentários que se ouve entre os espectadores é a semelhança entre Jarbas e Chaplin. Embora Jarbas tenha cerca de 1,80m, enquanto Chaplin ostentava, apenas, 1,65m, o ator consegue distanciar a diferença de altura com seu excelente trabalho corporal. Para dar uma ajudinha, e ajudar a diminuir a estatura de Jarbas no palco, a produção selecionou o ator e ex-modelo Marcello Antony (1,91m) para interpretar o irmão mais velho, Sidney Chaplin.

Charles e Sidney tinham o pai alcoólatra e a mãe doente e se criaram entre autos e baixos, num orfanato para crianças órfãs e fazendo bicos nas ruas de Londres. É da rua que vem a grande inspiração de Chaplin para criar sua personagem mais conhecida, Carlitos, ou O Vagabundo.

Para a temporada brasileira foram escritas, especialmente para o Brasil, pelo compositor do espetáculo Christopher Curtis, cinco músicas que não estavam na produção original da Broadway. Elas são: O sonho do teatro, Music Hall, Engraçado, A vida que você sonhou e O Garoto. Além das músicas, a direção do argentino Mariano Detry mexeu em, quase 30% do texto para deixar as cenas mais dinâmicas.

Chaplin, conhecido pelo seu sucesso durante os anos dos filmes mudos, se mostrou uma pessoa controversa e viveu momentos de declínio na carreira com a chegada dos filmes falados. Nessa época, em entrevistas, começou a se mostrar cada vez mais politizado e com laços estreitos com o comunismo. Durante uma viagem com sua família a Londres, em 1952, Chaplin, que vinha sofrendo duras críticas da imprensa, principalmente da jornalista Hedda Hopper, recebe uma carta informando que o Serviço de Imigração Americano estava proibindo sua volta aos Estados Unidos. Chaplin passa a viver com sua esposa na Suiça e só volta aos Estados Unidos em 1972, quando é convidado pela Academia de Filmes, a receber um Oscar Honorário pelo conjunto de sua obra.

A cena final do espetáculo mostra de forma emocionante esse retorno aos Estados Unidos e a recepção calorosa do público. Em seu famoso discurso de agradecimento, Chaplin disse: “Muito obrigado! É um momento emocionante para mim e as palavras parecem tão fúteis, tão frágeis, que eu só posso dizer que agradeço a honra de me convidarem para vir aqui. Vocês são ótimos! Boas pessoas!”

Fatos curiosos ficaram de fora da peça, como o recebimento do título de Cavaleiro Real pelas mãos da Rainha Elizabeth II, passando a ser Sir Charles Spencer Chaplin. Três meses depois de sua morte e sepultamento, em 1977, no Cemitério Cosier-Sur-Vevey, seu corpo é sequestrado. Bandidos pediram uma quantia astronômica para entregar o corpo de Chaplin. Os ladrões acabaram capturados pela polícia e presos.

Além do Global Marcello Antony, estreante nos palcos dos musicais, a produção conta com o ator Paulo Goulart Filho, Naíma, Paula Capovilla, Giulia Nadruz, Leandro Luna, Ana Catharina Oliveira, Arthur Berges, Andreza Meddeiros, Felíppe Moraes, Fhilipe Gilson, Julia Duarte, Gustavo Ceccarelli, Marcos Lanza, Mariana Tozzo, Maurício Alves, Talitha Pereira e Vânia Canto.

Na direção musical do espetáculo, o Maestro Marconi Araújo, apoiado pela regência e assistência na direção musical da maestrina Beatriz de Luca e pelas letras na versão brasileira de Miguel Falabella.

O espetáculo fica em cartaz até o dia 12 de julho, no Theatro Net SP.

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. Charles Chaplin

Serviço

Quando: Temporada de 14 de maio a 12 de julho de 2015. Quinta e sexta, às 21h; Sábados, às 18h e às 21h30; Domingos, às 18h. Onde: Theatro NET SP – Shopping Vila Olímpia – Rua Olimpíadas, 360, Itaim Bibi, 5º piso Quanto: De R$ 25 (meia) a R$ 180 (inteira) Vendas: http://www.ingressorapido.com.br Bilheteria da casa: De segunda a sábado, das 10h as 22h; Domingo das 10h as 20h30. www.theatronetsaopaulo.com.br

Ficha técnica Texto original: Christopher Curtis and Thomas Meehan Músicas e letras originais: Christopher Curtis Versão brasileira: Miguel Falabella Direção: Mariano Detry Produtores associados: Claudia Raia e Sandro Chaim Direção musical e vocal: Marconi Araújo Coreografia: Alonso Barros Cenografia: Matt Kinley Figurino: Fábio Namatame Visagismo: Dicko Lorenzo Design de luz: José Possi Neto e Drika Matheus Design de som: Tocko Michelazzo Design de vídeo: Luciana Ferraz e Juliano Elenco: Jarbas Homem de Mello, Marcello Antony, Paulo Goulart Filho, Naíma, Paula Capovilla, Giulia Nadruz, Leandro Luna, Cauã Martins, Gabriel Cordeiro, Ana Catharina Oliveira, Andreza Meddeiros, Julia Duarte, Mariana Tozzo, Talitha Pereira, Vânia Canto, Arthur Berges, Felíppe Moraes, Fhilipe Gislon, Gustavo Ceccarelli, Marcos Lanza, Maurício Alves.

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