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Vampiras Lésbicas de Sodoma: A visão da Assistente de Produção


Faltando duas semanas (ou melhor, apenas duas apresentações) para fechar nossa temporada no palco do Teatro Municipal Café Pequeno relembro as leituras e ensaios em Outubro, e penso em tudo que passamos nestes quase 7 meses (6 em cartaz) de Vampiras Lésbicas de Sodoma.

Lembro do meu receio com o título. Acreditava que tal nome segmentaria nossos espectadores, e que teríamos dificuldade em conseguir permutas, por exemplo. Aprendi rapidamente que o nome causava mais curiosidade do que estranhamento, e que a vergonha em falar o título da peça (eu sempre explicava, antes de dizer o nome, que o mesmo soava estranho, mas que a obra em questão era uma comédia hilariante) era puro preconceito meu.

Bati na porta de restaurantes que haviam sido nossos parceiros num espetáculo anterior e de cara consegui 3 permutas. Não acreditei. E todos com quem conversava e contava dos ensaios ficavam interessados em assistir a peça quando estreasse.

O processo de ensaios foi uma delícia. A família Vampiras começou a se formar ali, naqueles 3 dias por semana no play e no apartamento do diretor e tradutor da obra, Jonas Klabin. Marya, Thiago, André, Thadeu, Thuany, Davi, Jonas, César, Paschoa, Martinha, Alan, Silas e eu eramos os integrantes de uma Trupe, coesa e intensa. Depois dos ensaios, saíamos juntos para rir das loucuras em cena.

Estreamos para uma plateia lotada em 27 de Novembro. Aqui, cabe contar um pouco do enredo deste espetáculo off Broadway, que na versão brasileira teve diversas canções traduzidas ao português do cabaré alemão da antiga República Weimar, tornando-se assim uma comédia musical.

“Vampiras Lésbicas de Sodoma” é a primeira adaptação brasileira de uma sátira cult e underground de sucesso escrita por Charles Busch que estreou em 1984 e se tornou uma das peças mais apresentadas na história do circuito off-Broadway. A comédia satírica em dois atos é caracterizada por uma série de vinhetas sobre a vida de duas vampiras em eterna (e cômica) rivalidade – o terrível Súcubo (Marya Bravo) e a virgem-que-virou-vampira (Thiago Chagas). As duas se reencontram ao longo dos séculos: em Sodoma, nos anos 20, se mascarando de divas estrelas de Hollywood; e em Las Vegas nos anos de 1980. Os demais atores vivem diferentes personagens que cruzam a vida das duas – soldados de Sodoma que temem as vampiras, jovens estrelas da clássica Hollywood, caricatos caçadores de vampiros e bailarinos de coro que as idolatram. As piadas e trocadilhos com a cena cultural carioca são um ponto alto da peça.

Como assistente de produção, não me cabe redigir uma crítica, até porque sou suspeita para falar da “cria”. Mas posso garantir que este espetáculo, que tinha como intuito fazer uma curtíssima temporada, surpreende a todos. Tanto assim que a temporada foi prorrogada. Temos tido casa cheia desde a primeira semana, e no fim muitas pessoas aguardam para falar com os atores e parabenizá-los. Ótimas críticas foram escritas sobre o espetáculo. Assisto a todas as apresentações e rio quase 80% do tempo com novas piadas ou entonações diferentes, em especial de Thiago Chagas, que é um ator de stand up nato e traz para a apresentação do dia as notícias recentes. A voz de Marya Bravo, grande atriz do teatro musical brasileiro, é um dos chamarizes desta produção. A química entre Thiago e Marya é o que provoca a maioria das risadas. Falta pouco e ninguém quer se despedir. Temos um compromisso firmado em Agosto, no Festival de teatro de São José do Rio Preto. De resto, esperamos ter a mesma sorte da produção portuguesa de Vampiras, que ficou 3 anos em cartaz. Quem viver verá, até porque Vampiras não morrem mesmo!

Por: Natalie Kneit Assistente de Produção

Clique aqui para ver um vídeo do espetáculo.

SERVIÇO Temporada até final de Abril Local: Teatro Café Pequeno, Av. Ataulfo de Paiva, 269 – Leblon Telefone: (21) 2294.4480 Horário do espetáculo: quartas as 20h00 A casa abre uma hora antes do início do espetáculo A bilheteria abre de quarta a domingo das 16:00 até as 20:00 Vendas online: www.compreingressos.com Ingresso: R$30,00 o inteiro Duração: 90 minutos Classificação: não recomendado para menores de 18 anos Capacidade: 80 lugares Gênero: comédia-musical Informações: www.cambio.art.br Facebook: www.facebook.com/vlscomedia

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